sábado, 21 de julho de 2018

Israel ataca faixa de Gaza


         As forças israelenses, que submetem a população palestina a condições difíceis, reagiram em larga escala diante da morte de um soldado israelense, atingido  por disparos de militantes do Hamas. Em consequência da represália, quatro  palestinos foram mortos. 
         
          Diante da morte de um soldado israelense  (apesar dos choques com manifestantes do Hamas, nenhum militar israelense morrera: a última morte  de um militar israelense por um militante em Gaza acontecera em 2014).

           Dadas as abissais condições de existência na chamada faixa de Gaza, condições essas que decorrem da atitude cruel do poder israelense, é recente a grande marcha de retorno que foi organizada pelo  palestinos, submetidos a terríveis condições de vida, estabelecidas e infligidas pela potência colonial.

           Quando o bantustam - em que foi transformada a Faixa de Gaza - se revolta, e tenta colher a atenção da mídia pelas terríveis, execráveis mesmo, condições existenciais a que é submetida a comunidade palestina aí confinada,  o mundo presenciou - por vezes até movido a expressões de condoimento - a violenta repressão a que Israel submeteu os palestinos que tentavam empreender a marcha de retorno (às terras que perderam pela invasão de seus inimigos).

            É um escândalo em termos de direitos humanos e de tratamento a  uma população que antes de o que chamam a grande desgraça habitava pacificamente essa Terra santa onde está muito presente a pregação do Cristo e os vários monumentos da fé cristã.

             Aí estão também presentes, pela sua longa estada, na Palestina os descendentes palestinos. Agora, ao que parece desejando apagar o aporte árabe-palestino a Israel, Benjamin Netanyahu, pensa substituir-se aos estadistas fundadores, e pensa favorecer o papel do povo judaico, ao empenhar-se  em afastar e mesmo reduzir o aporte do povo árabe ao Estado de Israel  - sem embargo, reconhecido pelos próceres israelenses ao tempo da fundação desse Estado,  como atestam os nomes de  Ben Gourion e Golda Meir - através de medidas insensatas que tentam apagar a presença indelevel do povo árabe na formação de Israel, e torná-lo, de forma inconstitucional, apenas um estado judaico,  não levando em conta o testemunho de seus líderes fundadores, personalidades que tinham atravessado a diaspora e que não ignoravam a inconstitucionalidade  das disposições que ora o medíocre sucessor pretende implantar, em um misto de ignorância e fanático orgulho, que contraria, pela sua presente hubris  a convicção democrática dos fundadores de Israel. 

         
( Fontes:  O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo )
 

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