Segundo um diplomata, provavelmente americano, que se
reporta a relatório de inteligência dos Estados Unidos, "no momento está
sendo treinada nova geração de radicais
para dar sustentação a Ortega".
Nesses termos, seria talvez válida a inferência de que a ação que matou
a brasileira Raynéia Gabrielle de Lima poderia estar ligada a um plano das
organizações clandestinas destinado a intimidar pela violência os
manifestantes contrários ao governo, principalmente os de Manágua, segundo a
Coordenadora Universitária, organização que reúne alunos de oito universidades
nicaraguenses. A entidade crê que haja "algumas centenas" de
brasileiros voluntários, alunos de vários cursos ou "apenas de pessoas que
escolheram viver no país". A crer nessa teoria, tal movimento teria pelo
menos quatro décadas.
Sob
o domínio da incerteza e da crescente presença dos para-militares, formações
ilegais que dão apoio à ditadura de Ortega, parece fazer mais sentido atribuir
os tiros que mataram a pobre brasileira a algum capanga mais nervoso do graúdo apoiador
da ditadura, que terá por isso abatido a ainda-estudante Raynéia.
Será também por igual motivo que o regime sandinista se vem negando a
dar qualquer informação digna desse nome às solicitações de fontes do
Itamaraty.
Diante das negativas, cresce a irritação do governo brasileiro, pela
falta de cooperação ou mesmo de apego à verdade das fontes das estruturas
locais.
É complicada a postura dessas
supostas "fontes", que muita vez pouco representam a par do
desejo de cobrir-se.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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