quinta-feira, 26 de julho de 2018

Apoio a Ortega vem ... dos sandinistas


             
          Segundo  um diplomata, provavelmente americano, que se reporta a relatório de inteligência dos Estados Unidos, "no momento está sendo treinada  nova geração de radicais para dar sustentação a Ortega".
         Nesses termos, seria talvez válida a inferência de que a ação que matou a brasileira Raynéia Gabrielle de Lima poderia estar ligada a um plano das organizações clandestinas destinado a intimidar pela violência os manifestantes contrários ao governo, principalmente os de Manágua, segundo a Coordenadora Universitária, organização que reúne alunos de oito universidades nicaraguenses. A entidade crê que haja "algumas centenas" de brasileiros voluntários, alunos de vários cursos ou "apenas de pessoas que escolheram viver no país". A crer nessa teoria, tal movimento teria pelo menos quatro décadas.
          Sob o domínio da incerteza e da crescente presença dos para-militares, formações ilegais que dão apoio à ditadura de Ortega, parece fazer mais sentido atribuir os tiros que mataram a pobre brasileira a algum capanga mais nervoso do graúdo apoiador da ditadura, que terá por isso abatido a ainda-estudante Raynéia.
            Será também por igual motivo que o regime sandinista se vem negando a dar qualquer informação digna desse nome às solicitações de fontes do Itamaraty.
              Diante das negativas, cresce a irritação do governo brasileiro, pela falta de cooperação ou mesmo de apego à verdade das fontes das estruturas locais.
               É complicada a postura dessas  supostas "fontes", que muita vez pouco representam a par do desejo de cobrir-se.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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