A
princípio, a polícia pensara que se tratava de uma overdose. Casal de meia
idade havia sido encontrado desacordado na pequena cidade de Salisbury, no que aparentava
ser efeito de overdose de drogas.
Infelizmente,
Dawn Sturgess caíu desacordada pelos
efeitos de agente neurotóxico que muito
provavelmente havia deixado vestigios
quando da "operação" que visara eliminar o agente secreto Skripal, pela circunstância de operar como agente duplo.
O novichok se foi novamente usado pelos
agentes russos, tal constitui crime gravíssimo eis que por sua letalidade e
alto poder de contágio tem o seu uso vedado em ambientes civis e mesmo para
fins militares deverá ser empregado apenas em situações muito especiais, dado o
alto risco que implica.
São pesadas as suspeitas acerca da
procedência russa de tais agentes químicos. Na antes tranquila Salisbury morreu
a infeliz inglesa, de 45 anos. A primeira ministra Theresa May reagiu
prontamente ao anúncio policial: "estou horrorizada e consternada pela
morte de Dawn Sturgess". E acrescentou:
"A polícia e os agentes de segurança trabalham para esclarecer os
fatos. O governo dá todo o seu apoio à
população local, que se vê diante dessa tragédia."
Skripal e a filha ficaram à beira da morte, após serem contaminados pelo
novichok. Felizmente escaparam, e
estão protegidos pelas autoridades britânicas num local secreto. Já a morte de
ontem assustou ainda mais os moradores da pacata região (dez mil habitantes). Apesar
de o risco ser considerado baixo pelas autoridades, elas recomendam àqueles que visitaram os locais por onde o
casal passou, na sexta e no sábado a
tomar "medidas extremas de precaução", como lavar suas roupas e
limpar e esterilizar artigos como celulares e bolsas.
Além
disso, o novo caso de envenenamento levantou dúvidas sobre os riscos para a
saúde pública e a eficácia da multimilionária operação de descontaminação que se
seguiu ao caso de Skripal. Na ocasião foi dispendido o equivalente de R$ 37
milhões.
O
envenenamento do agente Skripal deteriorou as relações entre Londres e Moscou.
O governo russo de Vladimir Putin, acusado de estar por trás do caso, nega
qualquer envolvimento.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo ) .
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