O episódio do desembargador Favreto
pode ser visto por mais de um lado. Parece-me interessante e, mais do que isso,
provocador o approach adotado pelo
PT, com vistas a desestabilizar o front
judicial.
Mestre Joaquim Falcão, no seu artigo
"A instabilidade é o poder" em O
Globo, chega a antever a possibilidade de que uma nova janela de
oportunidade venha a se abrir para a defesa de Lula.
No quadro da próxima viagem do Presidente Temer à África do Sul, no fim
de julho, para a reunião dos Brics, a
sua substituição por motivos politicos deverá ser assumida pela Ministra
Cármen Lúcia. Com isto, Dias Tóffoli será presidente do Supremo
por alguns dias.
Como será esse novo quadro político
para a defesa de Lula?
O professor Falcão desaconselha que
os advogados do ex-presidente peticionem a Tóffoli. Para ele, seria desestabilizar por
antecedência a gestão de Dias Toffoli no Supremo. Rachá-lo de vez.
Será, como aventa o professor Joaquim Falcão,
que "é fato que a instabilidade decisória do Judiciário é a nova forma de
poder. Poder fugaz. Até mesmo de um juiz de plantão" ?
Que a visão do Professor Joaquim
Falcão merece uma avaliação ponderada e positiva, parece óbvio. O mais
interessante é que se entrelaça com juízo da Senadora Gleisi Hoffmann, que,
segundo avaliação transmitida através da mídia, não veria com otimismo a
operação que se montava para ajudar a Lula.
(
Fonte: artigo do Prof. Joaquim Falcão em "O Globo")
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