sábado, 28 de julho de 2018

Preso vigia suspeito de matar brasileira


                     

        A polícia da Nicarágua prendeu a 27 do corrente o vigia particular Pierson Gutierrez Solis, acusado de ser o autor dos tiros que mataram a brasileira  Raynéia Gabrielle Lima.
          No entanto, colegas da universitária morta, e ONGs de defesa de direitos humanos sustentam que ela foi assassinada com vários tiros por páramilitares a serviço do presidente Daniel Ortega. A suspeita do grupo aumenta pelo tipo de arma empregado no crime, de uso exclusivo do Exército.
           Até ontem, era desconhecido o paradeiro do carro que Raynéia dirigia quando foi assassinada. Até o presente, o namorado da estudante - e talvez a única testemunha do crime - não foi localizado.
             Raynéia terminava o curso de medicina - estava prevista a sua formatura em inícios do próximo ano. Ela morava no país havia cinco anos; e o seu diploma de forma-tura foi emitido dois dias depois de seu falecimento.
             O plantão médico atrasara a sua volta para casa. O crime ocorreu no bairro de Lomas de Montserrat, em área em que paramilitares vigiam a casa  de Francisco López, tesoureiro e alta figura da Frente  Sandinista de  Libertação Nacional (FLSN).
              De acordo com o jornal digital www.articulo66.com, crítico do governo, Solis, o suspeito apresentado  pela polícia, trabalhava como instrutor de artes marciais na escola Lion Force. Há muitas dúvidas sobre os antecedentes de Solis.
              Como sinaliza o Estado, ontem à tarde, antes de a prisão de Solis ser anunciada, o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes  considerou "extremamente insuficientes" as informações dadas pela Nicarágua sobre o assassinato da estudante brasileira.
              Depois da morte de Raynéia, o Itamaraty convocara a embaixadora nicaraguense para prestar informações sobre o caso. Em seguida, chamou a consultas o embaixador brasileiro em Manágua, Luis Cláudio Villafañe.
              Nesta quinta-feira, o presidente Temer  afirmou que o Brasil não pode admitir a morte da estudante sem tomar providências. A Nicarágua, em resposta, também chamou a embaixadora, que deixou Brasília nesta quinta-feira.
               Por sua vez, na sexta-feira 27 de julho, o chanceler disse, outrossim :  "O governo  da Nicarágua diz que foi um guarda de segurança particular. Mas quem foi ? Qual é o calibre da arma ? Em que circunstância isso ocorreu ?". E acrescentou: "Não houve até agora um esclarecimento e nós vamos insistir porque isso nos parece absolutamente inaceitável."
                Consoante o Ministro Nunes, o governo continua insistindo para obter informações e que, em caso de resposta negativa, estudará enviar  a questão a instâncias internacionais como a O.E.A.          

( Fontes:  O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo )

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