quarta-feira, 11 de julho de 2018

O impeachment de Crivella


                

        A  Oposição tenta conseguir as dezessete assinaturas necessárias para interromper o recesso dos vereadores (previsto até 1º de agosto) e convocar sessão extraordinária para discutir o impeachment do prefeito Marcelo Crivella.
          A base governista, para tentar demonstrar poder, buscou apresentar pedido próprio de sessão extraordinária.
          A ideia não funcionou. Com efeito, a oposição foi mais rápida na corrida e conseguiu antes os votos indispensáveis para dar entrada logo no pedido.
           Com essa v itória inicial, o impeachment de Crivella começará a ser discutido amanhã, doze de julho corrente, a partir das catorze horas.
            Para que a sessão seja aberta amanhã, faz-se necessária a presença no plenário de dezessete vereadores. Esse quorum deverá ser facilmente obtido.
             O desafio da Oposição é outro: reunir os 34 dos 51 votos necessários para levar o  impeachment adiante.
              A Lei Orgânica do Município estabelece que todo o processo, da abertura até a confirmação do afastamento definitivo, necessita de duas votações: nelas é preciso obter pelo menos dois terços dos votos.
               Consoante aqueles vereadores que querem o afastamento de Crivella, nos cálculos mais otimistas, hoje está garantido o apoio de 22 nomes, podendo chegar a 25 nomes.

              Por outro lado, o Governo contabiliza ter, pelo menos, trinta votos contrários ao afastamento.

               Segundo o vereador Paulo Pinheiro, do PSOL, "nós precisamos de 34 votos, é o momento de a Casa sair de trás do muro.É preciso que os vereadores falem, se acham que o prefeito está sendo perseguido, ou não. Tem que dar a cara a tapa, não tem como se esconder."


( Fonte:  O Globo )

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