domingo, 29 de julho de 2018

Paes Governador ?


        Ex-prefeito do Rio de Janeiro,  tendo como recomendação o seu trabalho para viabilizar a realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro, desmentindo vaticínios  da imprensa de cidades como São Paulo por óbvias razões de pretender elevar-se à condição olímpica, apesar de tudo e das dificul- dades existentes Eduardo Paes tornou possível a candidatura olímpica do Rio de Janeiro, e cuidou  de que a mui leal e heróica  Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro levantasse a tocha olímpica  em boas, senão ótimas,  condições. Também o seu trabalho na recuperação da área do Porto do Rio de Janeiro merece atenção e respeito.

        Ao lançar sua candidatura ao  governo do Estado,  o Rio de Janeiro o encontra em condições difíceis, tanto pela crise financeira, quanto por aquela moral, causada pela débacle ética da governança de Sérgio Cabral,  hoje recolhido às prisões.
 
          Tampouco o ajuda a situação da antiga Cidade Maravilhosa e do respectivo Estado sob intervenção federal, até agora sem grande sinais da antojada recuperação na questão da segurança.

           É bem verdade que o Governo Pezão não é referência, dada a sua aparente incapacidade de superar a crise ética e moral - escusado mencionar a financeira, que é uma decorrência de desgovernos superpostos - que afeta esse Estado em vários aspectos, a começar pelo da segurança que nunca esteve tão mal parada quanto atualmente.

             Também é preocupante o entorno das instâncias parlamentares da governança estadual, que constituem por si só um magno desafio, dado o baixíssimo nível ético de sua representação.

               Em termos de desafio, Eduardo  Paes não poderia ter escolhido um maior.

                À sua volta, o fracasso da  Administração  Pezão.   Também a situação financeira  do Estado, que é uma dúplice decorrência:  da irresponsabilidade  do governador Sérgio Cabral, que trocou um futuro  que luzia promissor  na administração federal  pelos enganos do Ouro e das propinas; e do próprio desfazimento do Governo Pezão, que se afunda na lama anterior,  no pântano do Palácio Tiradentes e na irrelevância de sua política.


( Fonte:  O  Estado de S. Paulo )

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