A despeito das
rudimentares condições de contagem da votação no México, o triunfo de Andrés Manuel López Obrador,
conforme verificado pelo boca de urna, se afigurou tão marcante que os principais
candidatos concorrentes - Ricardo Anaya, do direitista PAN - Partido de Ação
Nacional (27% dos votos) e José Antonio Meade, do Partido Revolucionário
Institucional (PRI), com 18%, não
tardaram em reconhecê-lo.
Dada a lentidão da apuração, levará
tempo para formar as previsões quanto à composição do Congresso. Por ora, pelo
boca de urna, são necessariamente precárias as projeções, conquanto se veicule
a possibilidade que o Morena (o partido de López Obrador)
alcance a maioria - não se desconta que seja até maioria absoluta - no Congresso.
Atendidas as
peculiaridades da Constituição Mexicana, López Obrador só assumirá, no entanto,
o Governo no dia 1º de dezembro, para mandato de seis anos.
Se a votação de López Obrador fôr ainda maior
do que a atualmente prevista, AMLO, como é chamado, o primeiro presidente da
esquerda em décadas terá força política
para avançar com sua agenda de reformas. Ela está focada em programas
sociais, no protecionismo e no
fortalecimento do Estado.
Se a vantagem de
López Obrador for confirmada pelo escrutínio oficial - tem por ora a diferença
a seu favor entre 46 e 49% dos sufrágios, e por conseguinte a indiscutível
vitória. Por sua vez, o candidato do PAN, Ricardo
Anaya, atingiria 27% da votação, e o governista José Antonio Meade (PRI), carregando a impopularidade do presidente
Enrique Peña Nieto, em terceiro lugar, com dezoito por cento dos votos.
Como este último, pela pouco usual disposição em outros direitos
constitucionais, fique no poder até a passagem do mando em 1º de dezembro, Enrique Peña Nieto já declarou, ao votar, que
" o presidente da República e o governo será absolutamente
respeitoso e dará respaldo às autoridades eleitas."
( Fonte: O
Globo )
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