quinta-feira, 24 de maio de 2018

Venezuela: líderes G-7 pedem nova eleição


              
       De comum acordo, os líderes das principais economias mundiais encarecem ao presidente Nicolás Maduro a convocação de novas eleições no país, colocando assim mais pressão sobre o líder venezuelano.
       Em comunicado, os líderes do G-7 acusaram o governo de Caracas de "autoritarismo", em virtude das restrições impostas à votação do fim de semana que reelegeu Maduro.  O referido documento foi assinado por Canadá, França, Alemanha Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e pela União Europeia.
       Assim reza o documento: "Ao se recusar a aceitar os padrões internacionais e não estabelecer garantias básicas para um processo democrático, inclusivo e justo, esta eleição e seu resultado não tem legitimidade ou credibilidade", declararam os líderes do G-7. "Portanto, denunciamos a eleição presidencial venezuelana e seu resultado por não serem representativos da vontade democrática dos cidadãos da Venezuela."
          Para o G-7, o governo venezuelano perdeu a oportunidade de uma retificação política. "Enquanto o regime de Nicolás Maduro solidifica seu controle autoritário, o povo da Venezuela continua a sofrer abusos dos direitos humanos e sérias privações, causando o deslocamento cada vez maior e afetando países na região", diz a nota.
            "Pedimos ao regime de Maduro que restabeleça a democracia constitucional na Venezuela e organize eleições livres e justas que possam, de fato, refletir a vontade democrática do povo, que libere os presos políticos, restaure a autoridade da Assembleia Nacional e garanta acesso ao país para as agências humanitárias."
             O bloco das maiores economias do mundo garantiu ainda estar "comprometido" em apoiar uma solução "negociada, pacífica e democrática" para a crise vivida pela Venezuela. Nesta semana, além das novas sanções adotadas pela Casa Branca, os europeus indicaram que também estudam medidas "adequadas" para responder à reeleição de Maduro.     
               Com menos de 50% de participação do eleitorado, Maduro foi reeleito para governar o país até 2025. A eleição, no entanto, foi marcada por acusações de fraude, falta de liberdade para os eleitores e, principalmente, pela falta de reconhecimento por grande parte da comunidade internacional.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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