domingo, 13 de maio de 2018

Itália: quão populista será o governo ?


                                 

         Afinal, os dois principais partidos italianos - conforme o indica a última eleição - concordaram nas bases para o futuro governo.
          O impasse italiano já perdurava por quase dez semanas, que é um tempo considerável, mesmo na bota italiana.
          Dessarte, o Movimento Cinco Estrelas e a Liga Ultranacionalista anunciam, por fim, que definiram as bases do futuro governo.
          Vencedores nas eleições legislativas de quatro de março - é lógico que nenhum dos dois partidos obteve maioria para governar sozinho - as dificuldades começaram a ser aplainadas  primo com a 'benção' de Silvio Berlusconi, que autorizou a Liga a conversar com o M 5 S, sem romper a aliança conservadora.
           O plano seria consolidar a aliança até esta segunda-feira, prazo dado pelo Presidente Sergio Mattarella para a conclusão das negociações.
            A Itália está sem governo desde 24 de março p.p...
             Em nota, M5S e Liga declaram que encontraram "diversos pontos de convergência programática", que prevê a abolição da reforma previdenciária italiana, a "desburocratização" do país, a redução dos custos da política e o combate à imigração clandestina.
              As coisas começam a piorar com a aceitação pela Liga e o M5S de dois pontos para eles cruciais: aliquota única no imposto de renda (bandeira da legenda ultra-nacionalista) e a renda da cidadania, projeto da sigla antissistema que garanta que cidadãos na linha da pobreza tenham ao menos Lire 780 no bolso...
               Com a demagogia já anunciada, o problema agora será saber quem vai dirigir  esse dúbio e custoso acordo (para o Erário italiano).  O líder do movimento cinco estrelas procura alguém que não seja nem ele, nem o prócer da Liga, Matteo Salvini...
               O que se pode dizer de um gabinete a que os dois chefes dos partidos - que supostamente devem sustentá-lo - não querem saber de presidi-lo?                        

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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