sexta-feira, 11 de maio de 2018

Colcha de Retalhos F 23


                                   

Punição de empresas que subornem no exterior


         Em artigo  do Estado de São Paulo, publicado em oito de maio corrente, se noticia que o Ministério da Transparência e Controladoria  Geral da União (CGU) está montando rede de colaboração internacional para investigar e punir empresas brasileiras ou com presença no País que são suspeitas ou condenadas por corromper funcionários públicos  no exterior.
         Nesse sentido, o Ministério já firmou parcerias com outros órgãos de controle do governo e países da América Latina, como a Colômbia, para receber notificações de escândalos chamados de suborno transnacional. O envio de dados pode levar à abertura de processos administrativos de responsabilização, com punições que incluem multas de até 20% do faturamento bruto, declaração de inidoneidade e veto à celebração de contratos.
          No mês passado, a Anvisa assinou acordo com a CGU para troca de dados. Parceria também deve ser formada com o Cade. Há conversas com bancos públicos, CVM e ministérios ligados à exportação.  
         Por enquanto, o artigo transmite impressão que ora se pise em terreno um tanto etéreo, embora alguma informação seja dada, em termos de questões passadas.  Assim, o ex-ministro Jorge Hage afirmou que a CGU sempre enfrentou dificuldades em termos de intercâmbio de informações: "Lembro que tivemos enormes dificuldades, por exemplo, no caso da  SBM, para obter as informações da Holanda, que alegava que o país só tinha com o Brasil, um tratado para troca de informações para processos criminais". Neste caso a empresa holandesa reconheceu envolvimento no pagamento de propina para obter contratos com a Petrobrás. "Ora o processo criminal alcança as pessoas físicas, não as empresas."

            Sem embargo, não se vê qualquer menção ao alegado  repetido envolvimento em termos de corrupção junto a governos da América Latina de conhecida empresa de capital nacional que também tem grandes problemas na área da Lava Jato, através de diretores e funcionários que constam de seus quadros...

Entrevista ao Estadão  do Presidente da Câmara


              Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, é candidato à presidência da república, pelo DEM. 
               Nesse sentido, ele afirmou que o Brasil precisa ter coragem para enfrentar "feudos públicos e privados".
            E explicitou a respeito: "Há desonerações, incentivos e benefícios que vão para o setor privado e que muitas vezes não sabemos se estão gerando emprego e melhora de vida  da sociedade ou apenas garantindo um setor  ineficiente."
            Na sua entrevista à TV Folha,  Maia disse acreditar que, eleitos novo governo e Congresso terão condições de aprovar a Reforma da Previdência e contornar a atual crise fiscal".
          
 Ainda sobre o tema, Maia declarou que, se o presidente-eleito quiser tentar votar a Previdência antes de assumir, ele poderá colocar o tema em votação.
             O atual Presidente Temer tinha o propósito de submetê-la ao Congresso, mas infelizmente por uma série de circunstâncias tal se tornou inviável.


Crise Cambial Argentina

              Mais uma vez, a Argentina se vê constrangida a ir ao Fundo Monetário Internacional para obter um empréstimo. Tal se deve à disparada do dólar, e a consequente crise cambial.
              Segundo o Presidente Maurício Macri, foram encetadas conversações com o Fundo Monetário Internacional  (FMI), para obter o empréstimo.  Segundo a Bloomberg, o acordo em tela incluiria linha de crédito de US$ 30 bilhões.  Por ora, o governo argentino e o FMI não confirmam o montante. 
               Assinale-se que é a primeira vez, depois de quinze anos, que  Buenos Aires recorre ao Fundo. Ainda hoje, parte da população associa o colapso econômico de 2001 às draconianas imposições do FMI. 
                Como seria de esperar, o ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, defendeu o Plano. "Nem o FMI é o mesmo, nem a Argentina é a mesma", declarou. Segundo ele, as duas Partes aprenderam com as lições recebidas no passado."
                 Sem embargo, a Casa Rosada teve de recorrer uma vez ao FMI, o que levanta algumas dúvidas sobre a segurança que transpira das declarações oficiais.


( Fontes: Estado de S. Paulo;  Folha de S. Paulo )                

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