quarta-feira, 16 de maio de 2018

Colcha de Retalhos F 26


                        

Declarações da Chefe de Médicos Sem Fronteiras          


Marie-Elisabeth Ingres, chefe da M.S.F., perguntada sobre a parte mais difícil de lidar com uma demanda tão grande, disse:
A parte mais difícil é ver manifestantes sendo baleados por atiradores israelenses com munição de verdade. É algo que não entendemos. As pessoas que estão protestando em Gaza vão à cerca na fronteira para mostrar seu desespero, que querem ter uma vida como eu e você. E na divisa encontram o  uso desproporcional da força pelos israelenses. É muito chocante.

Qual é a situação das vítimas que chegam até vocês?

Ontem (segunda feira, dia catorze) trabalhamos em três hospitais, e hoje (dia quinze) vamos nos concentrar em dois. Contamos apenas com hospitais públicos, não contamos com unidades privadas em Gaza.  Enfrentamos muita dificuldade durante meses para fornecer assistência médica de qualidade.  Não há uma assistência justa em Gaza. Os funcionários, às vezes, não são pagos, ou são muito mal pagos. Há falta de ítens descartáveis, equipamentos. Os médicos precisam sair de suas especializações às vezes. Pode-se imaginar o que aconteceu ontem (anteontem): claro que foi um desastre - não há capacidade de atender a todos.

Estados Unidos: Pressão por Investigação

No Conselho de Segurança das Nações Unidas, após os Estados Unidos bloquearem anteontem  um pedido de investigação, o embaixador do Coveite, Mansur al-Otaibi, informou que apresentará hoje uma resolução para proteger civis palestinos.
Cinco países-membros do Conselho (Reino Unido,França, Polônia,Suécia e Holanda) e mais a Alemanha, Bélgica e Itália condenaram o uso de força excessiva por parte do Exército de Israel, pediram a esse país "contenção" e "respeito aos direitos humanos".
Com efeito, desde o início dos protestos em Gaza, em 30 de março, cento e sete palestinos foram mortos e onze mil ficaram feridos, dos quais 3.500 a tiros.

Nenhum país nesta câmara agiria com mais moderação (sic) do que Israel. Na verdade, o histórico de vários países sugere que seriam menos moderados (afirmou a novel representante estadunidense, Nikki Haley).  O Hamas tem incitado à violência durante anos, muito antes de os Estados Unidos decidirem transferir sua embaixada. Não se enganem, o Hamas está satisfeito com os resultados de ontem (anteontem)

Pelas declarações da novel Representante, pode-se  ter uma boa ideia do nível desta nova embaixadora, que se adequa à capacidade intelectual  de outros representantes indicados por Trump.

( Fonte:  O Globo )      

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