quinta-feira, 31 de maio de 2018

O que significa a paralisação dos Caminhoneiros?


                          
          Segundo o Datafolha, o apoio maciço da opinião pública à paralisação dos caminhoneiros  evoca não só o alto grau de impopularidade do Governo federal.
          Dessarte, o percentual dos que se colocam favoráveis à greve alcança níveis ainda mais elevados do que a reprovação a Michel Temer (MDB).  Nesse contexto, atinge índice equivalente à aprovação  das manifestações de junho de 2013 (81%).
         Segundo a análise, um dado que ilustra bem a posição dos brasileiros sobre a matéria, é a quase unanimidade dos entrevistados (96%) alertar para a demora do presidente em atender às reivindicações da categoria que, por sua capilaridade, mostrou-se essencial para a dinâmica cotidiana do país.
        Não é à toa que o movimento que começou com suspeitas de natureza mercadológica e comercial, ao ser tratado como greve de trabalhadores, acabe despertando, para surpresa inclusive de seus líderes, bandeiras tanto à direita quanto à esquerda do espectro político.
         Eram frequentes, nas concentrações nas estradas, tantos os pedidos de "Fora Temer", mantra da esquerda desde o impeachment de Dilma Rousseff (PT) quanto o apelo por intervenção militar no país, fetiche da extrema direita.
         Para ilustrar essas tendências, a pesquisa Datafolha realizada em abril último mostra que os partidos políticos, junto com o Congresso Nacional e a Presidência da República, são as instituições de menor confiança junto aos brasileiros atualmente.
         No topo do ranking, com 43% de credibilidade estão as Forças Armadas, seguidas de longe pelo Ministério Público, o Poder Judiciário e a Imprensa (21% cada). Em todos os estratos socioeconômicos e demográficos, os favoráveis ao movimento ultrapassam os 75%.  Mas nada garante, por motivos óbvios, que, se a paralisação continuasse, a população manteria o apoio.

( Fonte: Folha de S. Paulo )

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