terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Para inglês ver

                                     
        A expressão, nascida no século XIX, no apogeu da Grã-Bretanha como potência mundial - o brasileiro, no tempo do império, assim designava obras cosméticas para serem vistas pelo poder estrangeiro - é hoje aplicada na faixa de multi-usos.
        Assim, a nota  do Estadão quanto ao desrespeito  pelos ministros do Supremo de prazo de pedido de vista mostra o quanto o chamado bom-mocismo colabora na desmoralização dos prazos. 
         Se é sabido - eis que não houve desmentido - que o Ministro Gilmar Mendes teria ficado com um processo por mais de ano, baseado no pedido de vista, cabe perguntar a quem incumbe cuidar dos prazos, se se está em meio a supostos iguais, cujos egos devem ser respeitados
          Como aponta o Estadão, o regime do Supremo prevê a devolução do processo em duas semanas, "mas prazo nem sempre é respeitado".
           Nessa frase já está todo o bom-mocismo que estaria na natureza do brasileiro, em que a informalidade (com toda a sua carga de desrespeito aos demais) continua a ser a regra.



( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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