domingo, 10 de dezembro de 2017

O milhão de dólares de Kadafi

                          

       Antonio Palocci, ex-ministro, revela em sua nova delação que Muamar Kadafi, que durante 42 anos governou a Líbia, fez uma doação a Lula de um milhão de dólares. Coube a Palocci, como homem de confiança do candidato e também responsável informal pelas  finanças do PT, cuidar da internalização do dinheiro.
        Segundo afirma, coube a ele, homem de confiança de Lula , achar um jeito de colocar o dinheiro dentro do Brasil sem chamar a atenção das autoridades nem deixar rastro de sua origem.
        Nos relatos entregues aos investigadores, os chamados "anexos", o ex-ministro afirma que cumpriu a missão e promete exibir comprovantes da operação. Palocci pretende revelar os detalhes da transação - quem deu a ordem, quem intermediou, como o dinheiro chegou ao Brasil e de que forma ele foi utilizado - caso o acordo de colaboração seja assinado.
          É uma acusação tão grave que, se Palocci conseguir provar o que promete contar, o PT pode perder o direito de existir como partido.
          A legislação brasileira diz que nem partidos, nem candidatos podem receber recursos de "procedência estrangeira" - seja um cidadão, uma empresa ou um governo. A punição é o cancelamento do registro do partido. Diz a respeito Carlos Ayres Britto, ex-Ministro do STF, falando sem conhecimento do caso específico: "É uma questão de soberania nacional. Quando o partido recebe recursos do exterior, essa soberania fica precarizada. Por isso é que o partido sofre a sanção mais gravosa, que é a perda do registro".


( Fonte: Veja, 13 de dezembro de 2017 )               

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