segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Entrevista de Joaquim Falcão

                              

         Não vou dizer que no Supremo Tribunal Federal predominem as mediocridades, coroadas ou não.
         Grandes nomes inovadores, como Joaquim Barbosa, que infelizmente já saíu do Supremo por razões não muito claras, mas que diriam respeito a ameaças a membros da própria família.
          É lamentável que um grande valor, da firmeza e da integridade de Barbosa não mais esteja no Supremo.
          Não será apenas pela mera leitura desta entrevista do professor Joaquim Falcão, que me pergunto por que ele não está em nossa Suprema Corte. O Presidente Lula surpreendera com a indicação do advogado Márcio Thomaz Bastos, como Ministro da Justiça, ao escolher esse grande valor, que o ajudaria em diversas boas indicações para o Supremo. Thomaz Bastos, hoje infelizmente além de nosso convívio, também convencera a Lula a não expulsar o jornalista americano Larry Rohter que aludira em artigo aos hábitos dipsômanos do então presidente. 
            Pois, a entrevista do Professor Falcão ao Estadão constitui, na verdade, ulterior contribuição, a que se agregam tantas outras, dadas ao jornal O Globo em que possamos tentar lidar, através dos anos, com a oportunidade perdida pela sua não-nomeação para o Supremo. Em meio aos meandros, de uma parte, e aos baixios de outra, a própria inclusão no STF poderia dar à jurisprudência brasileira a oportunidade da grandeza. Talvez grande demais para as mentes daqueles que estariam em condições de fazê-lo, enquanto mestre Falcão ainda se enquadrasse entre as barreiras biológicas a sua designação. Ao invés, temos sólidas mediocridades que lá estão por conta da filosofia de outras quotas.


( Fontes:    O  Estado de S. Paulo, O Globo )             

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