terça-feira, 12 de julho de 2016

Testemunho da Sra.Lynch frustra GOP

                     

        Depois do Diretor do FBI,  também a Attorney-General Loretta Lynch foi convocada pelos deputados republicanos do Comitê Judiciário a respeito da questão do servidor privado de e-mails de Hillary Clinton.  
         Na sua tentativa de manter viva a investigação de Hillary Clinton, a maioria republicana no Comitê Judiciário da Câmara convocou a Procuradora-Geral para explicar-se acerca da conclusão da investigação sobre os e-mails de Hillary.
         Ao contrário do Diretor James B. Comey que, nas palavras da Ministra, "escolhera dar declarações pormenorizadas", ela não discorreria longamente acerca da referida investigação. Frustrando os seus interrogantes, ela se recusou a falar mais sobre os detalhes da investigação e respectivas conclusões.
          Negando-se a fazê-lo, a Senhora Lynch igualmente recusou-se a responder sobre os detalhes que tinham fundamentado a decisão de não apresentar acusações no caso em tela.
         A Attorney-General também defendeu a sua decisão de não julgar-se comprometida no caso, mesmo depois do encontro casual no tarmac do aeroporto de Phoenix com o ex-presidente Bill Clinton. Ela deixou o trato da questão para o F.B.I. e promotores experientes, e não viu necessidade de sair completamente do caso antes de aceitar as respectivas recomendações.
         Dentro do espírito ultra-partidário que tem presidido à questão em apreço, os deputados republicanos não ficaram convencidos com as respostas da Sra. Loretta Lynch.  A propósito dos comentários públicos do Diretor Comey sobre o tratamento insatisfatório de material classificado no  servidor privado de e-mails da candidata, o presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Bob Goodlatte disse que eles representavam "uma condenação pública da sua conduta e caráter."
          Depois da decisão do diretor do FBI, James B.Comey Jr. de que não pretendia apresentar acusações por não existirem provas de que a Sra. Clinton tivera a intenção  de violar a lei, a  Sra. Lynch declarou encerrado o caso no dia seguinte.
          Enfurecidos com a decisão do Governo democrata de encerrar a questão, os representantes republicanos acusaram o Departamento de Justiça de dar à Sra. Hillary Clinton tratamento preferencial, dizendo que o seu pouco cuidado com material confidencial a sujeita a acusações.
             Dentro dessa tática de continuar ad infinitum o processo acusatório, os Republicanos da Câmara de Representantes querem que o Departamento de Justiça organize nova investigação para determinar se a Sra. Clinton cometeu perjúrio no último outono quando testemunhou perante o Congresso acerca de seu uso  do sistema de e-mails privados.
             Em resposta, os democratas denunciaram essa última tática como nova e inútil tentativa do GOP de prosseguir arrastando a questão dos e-mails.
             Inquietos com as eventuais perspectivas de seu candidato Donald Trump, entende-se porque os republicanos estejam nervosos defronte do desafio das próximas eleições. Mas não será através de prorrogar exames e investigações judiciais, como costuma ser hábito desse partido, que resguardarão as respectivas possibilidades eleitorais.
             Terão de submeter-se ao crivo dos debates e dos comícios, e de o que resta da campanha, para que o eleitorado em novembro chegue a conclusões sobre os méritos respectivos dos dois candidatos, Donald Trump e Hillary Clinton.
              E é aí que mora o perigo...


( Fonte: The New York Times )

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