domingo, 24 de julho de 2016

Colcha de Retalhos D 31

                                   
Procuradoria denuncia Lula

           O MPF apresentou em Brasília à Justiça  denúncia contra Lula da Silva, o ex-Senador Delcídio do Amaral, o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai, e mais três acusados  de agir para atrapalhar investigações da Lava-Jato.
           Como assinala o Estadão, o caso se refere à tentativa de impedir a delação premiada  do ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró.
           No caso de a denúncia ser aceita, Lula da Silva será transformado em réu por primeira vez.
            Não foi divulgado o nome do juiz federal que analisará a denúncia.

Dilma e o Caixa 2

              O publicitário João Santana e a mulher e sócia,  Mônica Moura, assumiram ontem, em audiência com o Juiz Sérgio Moro, haver recebido dinheiro via caixa 2 da campanha que elegeu  Dilma Rousseff em 2010.
              O casal alegou ontem que US$ 4,5 milhões  recebidos em conta na Suiça tiveram como origem caixa 2 da primeira campanha de Dilma Rousseff.
               Santana foi o marqueteiro  das campanhas de Lula e de Dilma entre 2006 e 2014. Ele e Mônica Moura, sua mulher,  estão presos desde fevereiro último e respondem a ação penal  acusados de receber propina do esquema de desvios de dinheiro da Petrobrás.
               No depoimento a Moro, Mônica Moura  disse estar disposta a colaborar com a Justiça, mas só o fará depois de assinar  acordo de delação premiada.
               Não obstante, o casal admitiu ter mentido  em um primeiro depoimento, em fevereiro último,  ao apontar a origem do dinheiro como serviços prestados a campanhas eleitorais no exterior.
                Assinale-se que por este depoimento se esboroa a farsa de Dilma Rousseff como se as respectivas campanhas tivessem sido bancadas com dinheiro limpo.
                 Com isso, Curitiba e o juiz Moro se aproximam das questões da ex-presidenta, que sempre alegara ter sido eleita por meios e recursos legais. E agora dona Dilma?

Julgamento da Presidente afastada
 
                 Enrola-se o Senador Cristóvam Buarque em estranha atitude que, apesar de constar do ramo ético, se tem sistematicamente recusado a abrir o seu voto quando do futuro julgamento de Dilma Rousseff. Em não se tratando de questão de lana caprina, mas sim de confirmar ou não o afastamento definitivo da presidenta, compreende-se que os eleitores o monitorem com atenção, e crescente inquietude.
                  Nesse campo, portanto, para lá de estranha, reponta a sua cuidada ambiguidade.  Compreende-se, por conseguinte, que uma senhora se haja recusado a cumprimentá-lo, exatamente por tal postura que não se coaduna com as suas afirmativas de ordem ética.
                   Em questões capitais como essa, a postura equívoca costuma ser o refúgio de outro tipo de gente, e não de um senador que diz cingir-se de altos padrões éticos. Sem embargo, com relação a essa votação - que serve para separar o joio do trigo - querer encontrar uma sinalização clara é tarefa de desanimar qualquer um, ou então irritar eleitores que começam a ver no tecido de ambiguidades que são as respostas do nobre Senador uma indicação pouco tranquilizante de o que pretende na realidade o representante de Brasília.
                     Pois, para que tantos subterfúgios que afastam eleitores como a senhora por ele citada no próprio artigo, se S.Exa. está armado de boas intenções ?

A Federação Russa está fora do Atletismo Olímpico

           A Corte arbitral do Atletismo Olímpico, diante das evidências, negou o recurso interpelado por 68 atletas que se diziam 'injustiçados' pela suspensão por doping imposta pela Federação Internacional de Atletismo.
           Emulando passados usuários inveterados do "doping esportivo", como a antiga RDA (a então Alemanha comunista), a Rússia sob gospodin Putin tem aplicado o doping de forma ampla e sistemática, como se viu, v.g., nas Olimpíadas de Inverno de Sochi. Como já foi referido neste blog, esse recurso ilegal - que não só modifica os resultados, mas também prejudica e muito os atletas - tem sido empregado sistematicamente pelo Governo da Federação Russa.
            Para que se entenda melhor essa peculiar característica do esporte na Rússia, se impõe a leitura do livro da professora americana Karen Dawisha "Cleptocracia de Putin".
             No ramo do esporte, o doping - a que tem recorrido de forma sistemática a Rússia - é um flagelo que faz grande mal aos atletas que dele se servem (ou são obrigados a dele servir-se), não só por alterar resultados e marcas atléticas, mas também e sobretudo por prejudicá-los fisicamente.
              É um artifício anti-esportivo,  e não só por dar capacidade aos atletas que dele se servem para ir muito além das próprias possibilidades normais, mas igualmente por causarem sérios desajustes nos próprios organismos, com ameaça à respectiva saúde. Por todos esses motivos, o doping é um recurso banido do esporte, pelo mal que ele produz tanto no atleta, quanto no desvirtuamente das respectivas capacidades.


( Fontes: Estado de S. Paulo; Putin`s Kleptocracy, Karen Dawisha.) 

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