Dado o
desgoverno de Nicolás Maduro, não surpreende que a sublevação popular não
diminua. Ao contrário do levante anterior, que já dava a essa altura sinais de
debilidade, há outra marca macabra da
força dos atuais protestos.
Com
efeito, em mês e meio de protestos populares, registra-se o mesmo número que a
onda de manifestações em 2014 produziu. São 43 mortos, e as últimas duas baixas à
bala.
A
chamada guarimba - denominação pelo
governo chavista das barricadas e dos atos violentos dos adversários deixou três vítimas no corrente ano de 2017.
Também os saques do comércio se tornaram mais comuns, o que é
consequência direta da enorme escassez de alimentos e remédios na Vene-zuela.
Dessarte, foi em invasão de uma padaria,
no bairro de El Valle, em Caracas, que se registrou o maior número de óbitos:
três baleados e nove eletrocutados na madrugada de 21 de abril.
Da vez anterior, em mês e meio, as manifestações de 2014 começaram a
perder força, recuperando o controle o governo.
Em 2017, Maduro reforçou a emergência econômica (decretada em 2015).
Supostamente, Maduro tenta resolver o problema do desabaste-. cimento. Como esse problema não é artificial e surgiu
em função do descontrole
econômico-financeiro - com
colaboração bastante substancial da administração chavista - parece pouco
provável que o incompetente governo Maduro possa criar condições para qualquer melhora
substancial.
Como referido, de resto, na última análise da situação econômico-financeira
a seriedade do problema é enorme e não será resolvida com mudanças
superficiais.
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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