sexta-feira, 12 de maio de 2017

Colcha de Retalhos E 16

                             
                              
O  imperialismo  chinês (i)      

       A China, no passado, foi vítima do imperialismo ocidental.A impera-triz Ci Xi - aquela que trouxe a sombra da democracia para o seu império - seria uma presença fugaz, tanto em afastar por um tempo o flagelo das tiranias, quanto em preservar a independência de um país que era demasia-do grande para não despertar a imperial cobiça de Ocidente demasiado pujante.
        Hoje, a história é outra. As ditaduras e seus estilos podem mudar, mas a força acumulada tende a crescer, e a manifestar-se em relação aos vizi-nhos mais fracos.
         Ou então, em um desvario de quem tem por mercado população que rodeia o bilhão,  transforma a própria frota pesqueira em instrumento de saqueio dos mares e oceanos, atacando os respectivos cardumes - lulas, camarões,   sardinhas , e todo o pescado  que enchia os porões dos barcos de pesca da África e da Ásia, e que era responsável pelo sustento de pescadores e respectivas famílias,  hoje mal enche os cestos  de quem lhes garantia a respectiva existência.
         Tal ataque da frota pesqueira  chinesa se explica pelo seu "trabalho", ao esgotar as reservas ictiológicas do Mares do Sul.  Dessarte, tangidos pelo exaurimento da pesca no seu entorno, a grande frota chinesa se voltou para a tarefa de 'limpar' os mares não só na Ásia do sul, mas também no Oceano Índico, e na África Ocidental.   


O imperialismo chinês  (ii)


              Depois de dominar o próprio território continental e recuperar os territórios cedidos ao imperialismo ocidental pela então fraqueza  da China no século XIX,  agora o Império do Meio se empenha transformar os mares do sul como se fora um espaço chinês.
              Além da pesca, Beijing quer ora monopolizar o espaço  das ilhas Pratly. Embora se trate muita vez de meros atóis e arrecifes,  o poder chinês busca transformar ficções - o que seria o espaço entre esses 'territórios' - em mar territorial próprio da China.
              As tensões provocadas com os países vizinhos - notadamente Fili-pinas, mas também outros estados - surgem com crises provocadas por Beijing,  que circundar esses arrecifes e ilhotes como se fossem águas terri- toriais do gigante chinês.
             Se o imperialismo chinês não encontrou a mesma facilidade nos seus intentos ao norte - dada a reação japonesa - mais ao sul a debilidade relativa  dos Estados que têm soberania sobre tais atóis contribui para avivar o apetite do dragão chinês.


O caos na Venezuela


               Como já foi referido pelo blog.  os centros urbanos brasileiros ao norte, que colindam com a Venezuela.  vem acolhendo as populações locais venezuelanas, que tangidas pelo caos econômico prevalente naquele país, se traslocam para o espaço nacional brasileiro,  pela fome e a falta de míni-mas condições existencias  na Venezuela  do ditador de fato, Nicolás Maduro.

               A par disso permanece o mistério acerca do destino ao opositor Leopoldo López - de que há cerca de dois meses  inexistem testemunhos fidedignos de que ainda esteja vivo (a última tentativa da clique Maduro -Diosdado Cabello foi repelida pela família, eis que a foto que supostamente comprovaria estar esse preso  e político de renome ainda vivo não passa de uma grosseira contrafação ).
                Há outras inúmeras indicações  - além da hiperinflação, do caos urbano, da falta de recursos alimentares para grande do povo venezuelano - a par de uma insurreição generalizada contra a caterva chavista que, enquanto enriquece à custa do narcotráfico , desmantela as instituições democráticas  através de truques e de manobras inconstitucionais, como a última de uma "constituinte" comunal, convocada na marra, e  sem nenhuma legitimidade. Trata-se de uma jogada - para tudo dizer   -  da altura intelectual , ética e moral da clique em torno de Nicolás Maduro e de sua quadrilha.                  

               É preciso ajudar a Oposição Venezuelana a resgatar o seu país e trazer a democracia de volta, depois de todos esses anos  com Hugo Chávez Frias e Nicolás Maduro e sua quadrilha, de que o subchefe é o notório Diosdado Cabello.

                Não é justo submeter o Povo Venezuelano  às condições criadas pela caterva  de Nicolás Maduro.


( Fonte:  O  Estado de S. Paulo )         

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