O atentado na Arena de Manchester, na
Inglaterra, durante o show de Ariana Grande, com o público jovem, muitos
adolescentes e até crianças, compõe a textura, a um tempo cruel, mas também
imprevisível, das assistências na Inglaterra, e em outras paragens do Ocidente,
enquanto à sua exposição aos sinistros projetos do ISIS. Basta um fanático que
acredite na estória de que está participando na luta para golpear o cruel e
impio Ocidente com a adjunta promessa de que ruma prontamente para o paraíso
islâmico, aonde o espera o acompanhamento de dezenas de huris, tudo isso na
sequência de anos de imigração com os portões abertos, tende a formar explosiva
torta com efeitos homicidas a médio e longo
prazo, que é para tantos incongruente e até mesmo estúpida. Para compor tal
drama - que é transportável alhures,
dado o horrendo, mas inegável êxito nos replays
anteriores - não basta a eventual incúria e, mesmo ignorância, dos
organizadores, além da própria cupidez, mas também o alheamento de muitos
responsáveis, que, para não parecerem caretas, delegam demasiado para os jovens
e adolescentes, sobre os quais tenham alguma formal responsabilidade. Se ao
invés, lavam as mãos, em um entorno de
alegre displicência, enquanto os organizadores e os artistas da ocasião
mergulham nas delícias do público que, por condicionamento da adolescência,
tende a pensar nas experiências de seus maiores, quando as grandes aglomerações
eram promessa de memoráveis diversões, livres então dos perigos que rondam tais
espetáculos hodiernos. Deixa perplexo a muitos que se perguntam o ritual Porquê?, depois do fato, quando, diante do permeante e envolvente passado
mediato,que é demasiado transido por infernais armadilhas e facilitados
massacres para que possa ser esquecido em mais este triste, melancólico
espetáculo, de que, como Virgílio, tenho horror em relatar, carnificina esta
provocada por estágios diversos na estrada da civilização, pois há gente de
ainda tenra idade que se deleita nos panes
et circences, enquanto falta aos mais velhos, discernimento e/ou capacidade
de supervisionar, como v.g. àquelas autoridades que fazem rodar caminhões com
lúridos, xenófobos cartazes pelas vizinhanças pobres para incrementar a massa
de manobra contra a imigração. Trágico engano, porque em geral penalizam o
imigrante de boa fé e fomentam pobreza e indigência, enquanto se vestem de
democratas e instigam vis preconceitos contra aqueles perseguidos. Melhor seria
que abrissem os braços, enquanto protegessem os ingressos de tais manifestações
com a necessária tecnologia que há de apontar os fanáticos - que carregam
explosivos. É mais do que hora que evitemos essas cruéis e cruentas hecatombes, pelas quais mostra o
Isis a face a um tempo sinistra e rudimentar, que zomba da incúria do Ocidente,
que tanto lhe facilita a ignóbil e execrável encenação da morte, que a todos gelidamente
abraça, enquanto desses um punhado de tolos estúpidos pensa ter o passe-livre
para o imaginário paraíso, construído com a trágica argamassa da superstição.
(
Fontes: Publius Vergilius Maro, mídia )
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