Sob pressão democrata e até de alguns
republicanos, o Vice-Procurador Geral, Rod J. Rosenstein, teve de nomear Robert S. Mueller III, antigo diretor
do FBI, com invejável ficha de serviço, como Conselheiro Especial para
supervisionar a investigação dos laços entre a campanha do Presidente Trump e
os principais funcionários russos lotados em Washington.
Diante da sucessão de erros de Donald
Trump, cresce agora e de forma dramática,
o que se acha em jogo na presidência Trump. Na verdade, ao mal completar quatro
meses, há enorme pedra no caminho do 45º presidente, que o desafia seja para
encerrar melancolicamente o seu único mandato, ou mesmo ver-se às voltas com o impeachment.
Não é
decerto pouca coisa que o presidente Donald Trump se descubra de repente tendo
na sua asa a maior autoridade em termos promotoriais, que é Robert
Mueller. Se formalmente Trump e Rosenstein teriam autori-dade sobre
ele, Trump no seu curto exercício da
presidência já está por de-mais desgastado para permitir-se um choque frontal
com o Conselheiro especial.
Ao
ser informado somente depois de que o Vice-Procurador Geral Rosenstein assinara
a ordem de serviço, quando adentrou no
gabinete oval, o Conselheiro da Casa
Branca, Donald F. McGahn II, por
volta de cinco e meia da tarde. Segundo consta, Trump mostrou-se calmo, embora contes-tasse
a princípio a medida, contra a qual se disse disposto a 'lutar'. Reunido em seguida com o seu estado-maior, a
maioria do qual favoreceu postura conciliatória, excetuado o genro, Jared Kushner, que foi a favor do
contra-ataque.
Ao
cabo, prevaleceu o bom senso da maioria. Formalmente, a maté-ria fica sob a
competência de Rosenstein (Jeff Sessions, que é procurador-geral se declarou
sob suspeita).
Restam poucas dúvidas de quem realmente terá competência nesta questão.
Além de ter sido elogiado por democratas e republicanos no Capi-tólio, o
Senador Ben Sasse, republicano de Nebraska, afirmou que "a ficha, o
caráter e a confiabilidade de Mr Mueller tem sido louvada por décadas, tanto
pelos republicanos, quanto democratas".
Por fim, Mueller é conhecido pelo estilo severo e exigente de dire-ção. Além disso, salvou o FBI de ser dividido.
Assumindo logo depois dos ataques de onze de setembro - quando havia quem
desejasse partir o FBI, criando uma agência nacional de inteligência - através
do próprio empenho, deu para o Bureau
uma nova imagem.
(Fonte: The New York Times)
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