Fala-se muito agora em evolução de
tendência nas turmas do Supremo.
Peço vênia para discordar.
O
grande juiz e anterior encarregado da Lava-Jato, Teori
Zavascki - que foi muito bem sucedido pelo sério e competente Ministro Edson Fachin - encontrara um cenário
diverso nas turmas do Supremo. Assim, os resultados do trabalho do finado Teori
encontravam diferente recepção na Segunda Turma porque a sua composição era
diversa da presente.
Ele
próprio Teori, segundo alvitram, estaria preocupado com a futura composição da
Segunda Turma. Juntar Lewandowski, Toffoli e o próprio imprevisível Gilmar
Mendes terá preocupado o bom juiz Teori e o Ministro Edson Fachin não merece o que lhe está sucedendo.
De
qualquer forma, pelo andar da carruagem, a grande maioria nacional, que
respeita a Lava-Jato tenderá a ficar mais descontente se a tal segunda Turma
continuar nesse rumo. E se providências não forem tomadas, como o grande juiz Teori Zavascki pretendia, é lógico que
os doutos intepretadores das entranhas do Supremo e de suas Turmas - como os harúspices de outrora -
virão com mais 'doutos' prognósticos, quanto à suposta evolução (ou no caso,
mais justamente involução) dessa
Turma 2 do STF.
Não é
necessário ser um áugure de alta categoria, para prever que se se juntarem em
maioria de três os senhores Toffoli e
Lewandowski, de uma parte, e de outra,
Gilmar Mendes, nesta presente fase, o resultado tenderá a ser sempre contrário ao Juiz
Sergio Moro e à Lava-Jato.
É mais
do que provável de que haja uma corrida dos detidos em Curitiba - como se vê já
no caso de Renato Duque (que agora pensa próxima a ocasião de lograr a própria
liberação) - para a ofensiva que há tanto desejam contra a Lava-Jato.
Dentre
as conquistas do Povo Brasileiro, será bom ter bastante presente o apreço que
lhe é votado por essa gente humilde, que com a nova ordem viu muita gente
importante ir parar na cadeia, pelo denodo do Ministério Público e do bom Juiz Sérgio Moro.
Com
todos os grandes ares que se fazem tais senhores que investem com seus corcéis
contra a fortaleza da Lava-Jato, é bom que não caia sobre os juízes das várias
instâncias o pensamento de que a famosa Operação já era, na terra das conquistas
etéreas e de pouca duração.
Pois
o Povo Soberano tem bem presente, em meio à roubalheira e a alegre festa dos
compadres de Brasília - de que nos falou a seu tempo o heterônio Júlio Tavares - que é melhor não mexerem demasiado com a
Lava-Jato, nem tratá-la com o açodamento dos pressurosos que a tem como
moribunda.
Não nos iludamos com falsas
'revoluções' como a suposta metamorfose
da 2ª Turma. Se um remédio de amargo
vira doce, ao invés da bula, é melhor olhar para o farmacêutico, porque alguém está mexendo com os respectivos
ingredientes...
(
Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo )
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