A roubalheira promovida pelo casal Sérgio
Cabral e Adriana Ancelmo (ele preso, ela em prisão domiciliar), e a claudicante
administração do governador Pezão têm muito a dizer sobre a atual situação do
Rio de Janeiro, antes Cidade Maravilhosa.
O Globo em manchete de domingo nos
fala que a violência no Rio de Janeiro volta ao nível anterior às UPPs. Não se precisa ir muito longe para notar que a
influência positiva da UPP - e dos assim chamados programas de pacificação - é
coisa do passado.
Tive motivos para notar da dramática
diferença entre a favela do Pavão - Pavãozinho de uns poucos anos atrás e da
situação de agora.
Com a implantação da UPP nessa favela, houve enorme
decréscimo na 'atividade' do tráfico naquelas áreas, o que deu aos moradores do
asfalto a elas próximos uma sensação de volta a tempos passados, em que a
bandidagem não incomodava e o comércio prosperava. Como sinal evidente, a
parada quase completa dos tiroteios, com a impressão da antiga ordem e de um
convívio social normal.
Esta progressão se refletiria em toda
a área da Sá Ferreira e do entorno do Posto Cinco.
Sem embargo, seria bom enquanto durou,
pois a sonhada paz se estendeu por muito pouco, dando aos residentes desse
recanto de Copacabana, demasiado próximo ao Pavão-Pavãozinho uma sensação enganosa de paz e serenidade
(aquela de que desfrutam os arrabaldes normais) que não perduraria por tempo
mais longo. Voltaram à Saint Romain os tiroteios, assim como à Sá Ferreira
que costeia as faldas do morro, onde tornaram a movimentar-se com a antiga
sanha os bandos e as quadrilhas que de novo respiravam o desafogo que lhe
proporcionava o recuo na luta contra o tráfico, eis que a PM e as suas UPPs
sofriam pelo corte nas dotações da segurança.
Como se vê, tudo era artificial -
toda aquela breve euforia de afinal poder levar vida normal, livre dos tiros e
das balas que vinham do morro e que tornam impossíveis as primícias de uma vida
serena, tranquila.
Voltava o inferno da falta de
segurança, do domínio de tráfico que volta a cantar de galo com a PM de novo sem o suficiente efetivo e o que é
pior, desmoralizada e incapaz de cumprir com o próprio dever de impor a segurança
ao chamado tráfico.
Os otimistas pensaram que fosse
fenômeno passageiro, relativo apenas àquela parte de Copacabana.
Ledo engano! O fenômeno é geral,
como os cariocas hoje o experimentam a cada dia.
E se formos fazer as contas,
quanto não se poderá atribuir à ladroagem do ex-governador Sérgio Cabral, a que
se associara, de muito bom grado, a sua jovem esposa Adriana Ancelmo, a que a Justiça dos
desembargadores, condoída, pôs logo em prisão domiciliar.
Por quê este tratamento ? Ela que se servia das propinas para as
respectivas finanças, não é também cúmplice de uma triste roubalheira, que
tanto afetou as finanças do Rio de Janeiro, e, por conseguinte, a segurança da
gente honesta que aqui vive?
( Fonte: O Globo on-line
)
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