Rápida leitura dos comentaristas, assim como do noticiário do New York
Times não trazem bons indícios, para o futuro do Presidente Trump.
Foi
imediata a péssima repercussão da exoneração do Diretor do FBI, James Comey. Além de não transmitir
serenidade, os traços nixonianos da telefônica demissão chamam de volta
fantasmas de velhas crises, e de problemas que não querem se dissolver no ar.
A
cara emburrada, as ameaças que giram, o
descontrole emocional, tudo isso não traz a tranquilidade dos bons negócios, e
introduz uma montanha russa em termos de expectativas que acaba enfarruscando
ainda mais a atmosfera.
O
Congresso é republicano, mas o humor não é, a par dos twitters da manhãzinha - que, em fim de contas, nos fazem lembrar
da velha pergunta 'quem tem medo de
Virginia Woolf?'
Dir-se-ia que Mr Donald Trump viva de crises. Foi assim na campanha e,
sobretudo, na reta final, com as frases e comportamento que desrespeitavam o
código da correção política.
Tudo isso aconteceu, mas ele acabaria - para surpresa de muitos -
vencendo, em grande parte graças a Mr Comey, com a sua mão pesada em termos de
alusões à investigação das 'revelações' do servidor privado do computador da
ex-Secretária de Estado. Desde a sua
intervenção nos tempos da presidência Bush, Mr Comey surgira como defensor das boas
causas.
Para Obama parecera bem tê-lo no FBI.
Quanto à opinião de Hillary, a desatenção de Comey às normas vigentes da
Secretaria de Justiça em período de
eleições tornaria irrelevante a opinião da candidata.
E quando o diretor do FBI foi
pedir mais recursos para investigar a influência russa na última eleição, que reação poderia esperar do sub-Procurador
Geral, de recente nomeação republicana?
Daí, dá para entender a cara fechada do Presidente Trump. Vai ser
difícil escapar da nêmesis de um Promotor Especial, porque a política por vezes
vira aquela divindade cruel da Ásia Menor, de quem, diziam, apenas satisfaz a
tenra carne dos inocentes.
( Fontes: Folha de S. Paulo, The New York Times )
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