Não é
sem exemplo na História que possam verificar-se casos como o da
Procuradora-Geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz. Ela provém igual-mente do
chavismo, mas a sua atuação - e já desde algum tempo, inclusive quando opôs-se aos
cinicos adiamentos de Nicolás Maduro, ao exercício do recall, pelo qual o sucessor de Hugo Chávez marcaria o próprio governo
e sua crescente queda na inconstitucionalidade.
A
Procuradora-Geral tem crescido diante da opinião pública e da Frente de
resistência aos desatinos do incapaz governo de Maduro. E é por isso que o
oficialismo já comece a apodá-la de
"traidora".
A continuação de seu corajoso dissenso
levou o próprio Ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, a emitir
comunicado em que critica a chefe do Ministério Público.
A inquietação dos que apoiam o
governo Maduro, inclusive do próprio Ministro da Defesa, levou o general a fazer o seguinte pronunciamento: "As
Forças Armadas têm feito um esforço superlativo para manter a paz, a vida e a
estabilidade institucional. As hipóteses da procuradora-geral estão
prejudicando a moral dos soldados."
Para sua honra, a Procuradora Ortega
fez pronunciamento no qual pede que os guardas (bolivarianos) restrinjam suas
ações ao combate de "grupos armados", como os notórios 'coletivos'
chavistas, que são milícias engajadas pelo governo Maduro.
Por outro lado, a chamada Guarda
Nacional Bolivariana vem reprimindo as manifestações populares, tendo a onda de
violência deixado 57 mortos. Nesse sentido, a Procuradora atribuíu a morte do
manifestante Juan Pablo Pernalete ao impacto de uma bomba de gás lacrimogêneo
lançada pela GNB.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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