sexta-feira, 19 de maio de 2017

Responsabilidade de Chávez pelo drama venezuelano.

         
           O Presidente Donald Trump recebeu a visita do presidente Juan Manuel  Santos, da Colômbia. Nesse contexto, Trump usou palavras duras para definir a atual situação da Venezuela, que ele considera ser no presente uma vergonha.
           Ainda sobre a crise venezuelana, Trump  declarou ser inexplicável que um país "que era tão rico chegasse a tal situação".
            Nesse sentido, o presidente americano completou a sua frase dizendo acerca de Nicolás Maduro: "a Venezuela está em más mãos, esperemos que isso mude."
             No que tange à conversa com Santos, Trump afirmou terem sido discutidos mecanismos que poderiam ser usados para evitar o "retrocesso democrático venezuelano".
             Com relação a esse alegado atual retrocesso democrático na Venezuela, é bom ter presente que, com o advento do chavismo, a democracia vem sofrendo diversos reveses na pátria de Bolivar.  Além dos diversos serviços "bolivarianos" de segurança,  na Justiça o poder chavista funcionou como fiscal da atuação dos juízes, como é o caso da pobre juíza que ousara contrariar uma medida do comandante Hugo Chávez  (e  foi presa ).
               Se Chávez, através do projeto megalômalo de criação de esfera internacional de apoio à revolução venezuelana: formação de sucedâneo da OEA de cores chavistas, fornecimento de petróleo a Cuba e países de sua pretendida esfera de influência a preços muito abaixo do mercado internacional, envio de malas repletas de divisas para regimes favoráveis, como foi o caso da Argentina dos Kirchner, etc.).
               
               Tais medidas  criaram as condições  necessárias para  o relativo abandono, através da incúria  da infraestrutura econômica e financeira da Nação venezuelana e de seu Povo sofrido.   Além disso, aproveitou-se  Hugo Chávez das altas cotações do petróleo para subsidiar esta magna transferência de renda para países simpatizantes, esquecendo-se, no entrementes, que, na busca do primado em política exterior, descurava do futuro do próprio país, o que hoje está amplamente demonstrado pelo manifesto desastre na infraestrutura.  
               
                Terá pensado que redistribuindo os dólares para as economias famintas de Cuba, Nicarágua, Honduras, Equador e Bolívia, criava uma espécie de sub-império chavista.  Alem disso, por falta de visão política e econômica, deu passos muito maiores do que o próprio interesse nacional recomendava,  perdendo por isso a ocasião histórica de renovar as estruturas de produção de seu país em termos de exploração de petróleo.
              
                Além de sobrecarregar as finanças e capacidade econômico-financeira da Venezuela,  na busca do arco-iris de uma liderança política e econômica da nação venezuelana sobre o seu entorno, queimando por conseguinte os grandes saldos de uma ocasião única de sobrepreço do petróleo por  um esquema de curto prazo de redistribuição das benesses do ouro negro, que gastou sem quartel,  na tola presunção de que aquela situação seria permanente.

                As raízes do drama venezuelano estão aí. Se agregarmos a incompetência e a corrupção  do pós-Chavez,  com a transferência do poder para o inepto Nicolás Maduro, cercado de  igrejinha de gerarcas corruptos, teremos boa parte do falso quebra-cabeças do enigma venezuelano  desmistificado com o resultado da incompetência de uns, e dos desvios de outros, de dar forma à grande, criminosa desatenção com o futuro da Venezuela, um país rico de recursos, mas infelizmente entregue a uma anti-elite de pessoas com curta visão,  ambições pessoais desmesura-das,  incapazes de privilegiar o interesse nacional e não aquele próprio da camarilha chavista.


( Fontes: Folha de S. Paulo; leituras sobre a Venezuela).

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