quarta-feira, 24 de maio de 2017

Flynn apela para a 5ª Emenda

                           

         De todas as emendas constitucionais, esta é a mais controversa e, em geral, não ajuda muito a quem pretende dela servir-se.
         Como indicou para o New York Times, o advogado Raymond Granger, de Nova York, antes promotor do estado e também federal, a decisão de Flynn de valer-se da 5ª Emenda nesse caso constitui um erro comum de testemunhas. Essa emenda não se reporta a documentos, mas a proteger cidadãos americanos por declarações a que tenham sido compelidos a fazer. Não se reporta, portanto, a declarações em que se pretenda proteger-se contra a auto-incriminação.
   
        Como se sabe, essa indicação de Trump para o prestigioso posto de Assessor de Segurança Nacional só ficou 24 dias nesse cargo, tendo sido forçado a exonerar-se após vir a público que mentira para o Vice-Presidente acerca de seus contatos com o Embaixador russo.

           A qualidade ética desse funcionário ficou patente quando ele declarara que nada recebera de companhias estrangeiras e tivera apenas contatos sem qualquer substância  com alienígenas. Tudo isso veio abaixo quando ficou patente que ele dois meses antes  sentara-se ao lado do Presidente Putin, em exibição de gala da tv russa, que pagou ao general da reserva Flynn cerca de 45 mil dólares para participar do evento e dar um discurso em separado...
             Agora o ex-Assessor de Segurança Nacional - que dadas as suas falhas teria curtíssima permanência  no relevante cargo - deve ora preparar-se  para ulteriores incômodos, eis que, pelo visto,  invocar a 5ª Emenda pode tornar a sua posição ainda mais precária.


( Fonte: The New York Times ) 

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