Obama e a força do lobby das armas
Em audiência hoje na Casa Branca, um emotivo Barack
Obama, na presença de parente de vítima dos regulares anunciou a firma
de decretos executivos, para tentar coibir esse estulto mercadejar com armas
moderníssimas, dotadas de grande poder letal. Diante da oposição do Congresso,
que defende o direito constitucional de portar armas como algo quase sagrado, o
Presidente - que não tem maioria nem na Câmara, nem no Senado - se vê obrigado
a recorrer à ação executiva (decreto), que tem alcance legislativo muito mais
restrito. Os tiroteios, os massacres como o infligido recentemente por dois
cidadãos americanos de origem árabe sem qualquer outro motivo que o radicalismo
do ISIS - que mataram mais de duas dezenas de pessoas pela simples
circunstância de que são americanos e não professam o credo de Maomé. Nesse
contexto, semelha difícil entender porque o GOP,
sob o pretexto do direito constitucional de portar armas, continue a defender que não se introduza
qualquer limitação ao suposto direito dos americanos de armar-se, inclusive com
armas de grande poder letal.
Através de decretos executivos -
dada a manifesta inviabilidade de as medidas serem aprovadas pelo Congresso
americano - Obama tenta colocar alguns empecilhos à compra de armas. Embora a
imprensa declare que os resultados não terão grande efeito, creio que a ação do
Presidente é meritória, porque dentro das circunstâncias, é a única providência
que de algum modo trará algum empecilho à aquisição insana de armas.
O mais impressionante é que, por
mais grave que seja o eventual episódio de matança por arma de fogo - e a sua
frequência já seria motivo de legislação mais severa - o efeito que os
recorrentes morticínios podem acarretar tende para zero na sua possibilidade de
que os legisladores afinal se compenetrem de que o presente regime de armas é
irresponsável, antiético e imoral. É uma espécie de cegueira coletiva do
legislador, que teria por premissa o
direito do povo americano às armas, como consta na Constituição (que é do tempo
das milícias para combater as tribus indígenas, na época numerosas). Depois de
sua regular matança, os indígenas restantes vivem em tristes reservas,
geralmente em áreas de difícil acesso.
Desde algum tempo,
constava que o suntuoso triplex nos últimos andares de prédio reformado
pela OAS, estaria destinado a Lula da Silva e aos seus filhos.
Testemunhas ouvidas pelo Ministério
Público de São Paulo afirmaram que apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e seus parentes foram visitar as obras de apartamento triplex no
Guarujá, reformado pela construtora OAS por R$ 700 mil.
Segundo reportagem do jornal
"Folha de S. Paulo" foram ouvidos engenheiros ligados a OAS,
funcionários do prédio - como o zelador José Afonso Pinheiro - e de empresas
subcontratadas para a obra. O MP investiga se a OAS favoreceu Lula ao reservar
o apartamento para a família dele.
De acordo, outrossim, com declarações
do referido zelador aos promotores, foi dito que durante a reforma Lula e
sua mulher, Maria Letícia, estiveram no
apartamento duas vezes. A coisa chegava ao requinte de que, em dias de visita,
a OAS limpava e decorava o condomínio com 'arranjos florais'.
Sempre consoante o zelador, nenhuma
outra pessoa visitou o imóvel, nem mesmo um corretor. Nesse contexto, um
funcionário da OAS orientou o empregado
a não falar da ligação de parentes de Lula com o triplex.
Para a família do ex-presidente tudo
acabaria, vale dizer o seu interesse de ficar com o triplex na beira da praia,
não numa quarta-feira de cinzas, como sucede com o tríduo momesco, mas por
causa do furo da Folha de S.Paulo,
seguido por O Globo e outros jornais quando
estourou na imprensa o filão das reportagens sobre o imóvel, e a consequente
publicação por toda a imprensa de pormenorizadas reportagens sobre o imóvel que seria, mas não foi ,doado à
família do ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva.
No início de outubro último, pressionada
por déficit de R$ 30,5 bilhões
(previsto na ocasião para o orçamento de 2016), Dilma anunciou com estardalhaço
uma reforma administrativa que
previa reduções de salário, de
ministérios, de secretaria especiais e de cargos comissionados.
Como é usual, o desejado é
apresentado como decidido e, a partir de tal momento, se age como se fora
efetivamente implementado.
O único problema com esse tipo
de evento-programa é que eles apresentam um altíssimo índice de não-efetivação. Lança-se ao público o
que se desejaria realizar e, mais tarde, diante das óbvias dificuldades
(resistência de burocracia, má-vontade dos ministros, ameaças consequentes, e
por aí afora), o que ocorre habitualmente é que a tal reforma, para todos os efeitos, dá chabu.
Veja-se o que ocorreu com a
promessa da Presidenta:
Nenhum ministério foi extinto.
Das 30 secretárias marcadas para morrer, apenas sete foram extintas.
Dos três mil cargos comissionados, apenas 346 foram suprimidos.
Então, dos R$ 200 milhões de
corte, na verdade a reforma podou apenas
R$ 16,1 milhões.
Também a Rousseff prometeu
cortar na carne o salário próprio, o do Vice e dos Ministros: até o momento não
há qualquer redução.
( Fonte: O
Globo )
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