terça-feira, 5 de janeiro de 2016

PIF PAF


                                              

 Obama e a força do lobby das armas

           Em audiência hoje na Casa Branca, um emotivo Barack Obama, na presença de parente de vítima dos regulares anunciou a firma de decretos executivos, para tentar coibir esse estulto mercadejar com armas moderníssimas, dotadas de grande poder letal. Diante da oposição do Congresso, que defende o direito constitucional de portar armas como algo quase sagrado, o Presidente - que não tem maioria nem na Câmara, nem no Senado - se vê obrigado a recorrer à ação executiva (decreto), que tem alcance legislativo muito mais restrito. Os tiroteios, os massacres como o infligido recentemente por dois cidadãos americanos de origem árabe sem qualquer outro motivo que o radicalismo do ISIS - que mataram mais de duas dezenas de pessoas pela simples circunstância de que são americanos e não professam o credo de Maomé. Nesse contexto, semelha difícil entender porque o GOP, sob o pretexto do direito constitucional de portar armas,  continue a defender que não se introduza qualquer limitação ao suposto direito dos americanos de armar-se, inclusive com armas de grande poder letal.           

           Através de decretos executivos - dada a manifesta inviabilidade de as medidas serem aprovadas pelo Congresso americano - Obama tenta colocar alguns empecilhos à compra de armas. Embora a imprensa declare que os resultados não terão grande efeito, creio que a ação do Presidente é meritória, porque dentro das circunstâncias, é a única providência que de algum modo trará algum empecilho à aquisição insana de armas.

           O mais impressionante é que, por mais grave que seja o eventual episódio de matança por arma de fogo - e a sua frequência já seria motivo de legislação mais severa - o efeito que os recorrentes morticínios podem acarretar tende para zero na sua possibilidade de que os legisladores afinal se compenetrem de que o presente regime de armas é irresponsável, antiético e imoral. É uma espécie de cegueira coletiva do legislador, que teria por premissa  o direito do povo americano às armas, como consta na Constituição (que é do tempo das milícias para combater as tribus indígenas, na época numerosas). Depois de sua regular matança, os indígenas restantes vivem em tristes reservas, geralmente em áreas de difícil acesso.  

 

 Ainda sobre o triplex no Guarajá

 
           Desde algum tempo,  constava que o suntuoso triplex nos últimos andares de prédio reformado pela OAS, estaria destinado a Lula da Silva e aos seus filhos.

           Testemunhas ouvidas pelo Ministério Público de São Paulo afirmaram que apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus parentes foram visitar as obras de  apartamento triplex no Guarujá, reformado pela construtora OAS por R$ 700 mil.

           Segundo reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" foram ouvidos engenheiros ligados a OAS, funcionários do prédio - como o zelador José Afonso Pinheiro - e de empresas subcontratadas para a obra. O MP investiga se a OAS favoreceu Lula ao reservar o apartamento para a família dele.

          De acordo, outrossim, com declarações do referido zelador aos promotores, foi dito que durante a reforma Lula e sua  mulher, Maria Letícia, estiveram no apartamento duas vezes. A coisa chegava ao requinte de que, em dias de visita, a OAS limpava e decorava o condomínio com 'arranjos florais'.

          Sempre consoante o zelador, nenhuma outra pessoa visitou o imóvel, nem mesmo um corretor. Nesse contexto, um funcionário da OAS  orientou o empregado a não falar da ligação de parentes de Lula com o triplex.

          Para a família do ex-presidente tudo acabaria, vale dizer o seu interesse de ficar com o triplex na beira da praia, não numa quarta-feira de cinzas, como sucede com o tríduo momesco, mas por causa do furo da Folha de S.Paulo, seguido por O Globo e outros jornais quando estourou na imprensa o filão das reportagens sobre o imóvel, e a consequente publicação por toda a imprensa de pormenorizadas reportagens sobre  o imóvel que seria, mas não foi ,doado à família do ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva.

 
Outra  Falsa Promessa de Dilma Rousseff

 
              No início de outubro último, pressionada por déficit de R$ 30,5 bilhões (previsto na ocasião para o orçamento de 2016), Dilma anunciou com estardalhaço uma reforma administrativa  que previa  reduções de salário, de ministérios, de secretaria especiais e de cargos comissionados.

               Como é usual, o desejado é apresentado como decidido e, a partir de tal momento, se age como se fora efetivamente implementado.

                 O único problema com esse tipo de evento-programa é que eles apresentam um altíssimo índice de não-efetivação. Lança-se ao público o que se desejaria realizar e, mais tarde, diante das óbvias dificuldades (resistência de burocracia, má-vontade dos ministros, ameaças consequentes, e por aí afora), o que ocorre habitualmente é que a tal reforma,  para todos os efeitos, dá chabu.

                Veja-se o que ocorreu com a promessa da Presidenta:

                 Nenhum ministério foi extinto.

                 Das 30 secretárias marcadas para morrer, apenas sete foram extintas.

                 Dos três mil cargos comissionados, apenas 346 foram suprimidos.

                 Então, dos R$ 200 milhões de corte, na verdade  a reforma podou apenas R$ 16,1 milhões.

                 Também a Rousseff prometeu cortar na carne o salário próprio, o do Vice e dos Ministros: até o momento não há qualquer redução.

             

( Fonte: O  Globo )

Nenhum comentário: