A economia no Brasil talvez seja o
argumento mais forte para que nos vejamos livres do pesado legado dos governos
de Dilma Rousseff. Se a roubalheira vai mais por conta do legado anterior -
posto que não foi exatamente com o lencinho no nariz que dona Dilma enfrentou
tal realidade - o registro dos malogros
e, sobretudo, da falta de luz no fim do túnel já demonstra que o Povo,
dotado de menos paciência e de maior senso crítico, vem evidenciando reação pronta e eficaz.
Se Dilma obteve o seu segundo mandato
foi à conta de mentiras mil, além de aparelhar os órgãos competentes para que
se desse aos candidatos de oposição a oportunidade de apresentar o outro quadro
da realidade, e não através de uma negativa (que prefiro não qualificar) que
barrou qualquer possibilidade à candidata Marina de desmascarar mentira do
filmete sobre a autonomia do Banco Central que, segundo a apresentação
oficialóide, iria tirar a comida da mesa do pobre. E, diga-se por primeira vez,
a indignação do eleitor é menos pela afrontosa mentira da programação da
candidata oficial do que pelo respeito que se deve ter pelo contraditório,
senão tal se transforma em modelo de propaganda da Bielorrússia e outras
ditaduras do gênero.
Sem querer, no entanto, esse abuso da
propaganda oficialóide já mostra que é mais do que tempo de pôr fim ao reino do
PT, como terei mostrado na minha série Brasil: Corrupção & Burocracia. O
poder, como o demonstra Lord Acton, o transformou e não foi decerto para bem.
As longas permanências no mando não
só acentuam a corrupção, como o demonstrou o pensador inglês, mas também
prejudicam fundo a Nação, que se vê impregnada, mesmo que contra a vontade, por
esse miasma que a quase tudo invade. Vejam, ilustres passageiros, o exemplo do
México, que, anos após ter-se visto livre do parasita do Partido Revolucionário
Institucional (PRI), o qual apesar de apregoar o voto efetivo (quando na
verdade era fraudulento), só se apegava ao lema de não-reeleição, que o
continuísmo de Porfirio Diaz havia desmoralizado.O sacríficio de Francisco I.
Madero, o presidente assassinado, deslancharia talvez a maior revolução nesse
nosso infeliz continente latino-americano,
que tem sido demasiado rico em revoluções e golpes de estado.
Mas na esperança de que o Supremo
reveja a sua última intervenção no processo de impeachment de Dilma Rousseff - em que por uma emenda de ponto
longe da curva - a qual se intrometeu demasiado em questão afeta a outro Pode
constitucional, no caso o Congresso (V.
artigo 2º da Constituição, que estatui que são Poderes da União, independentes
e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.), - é
também forçoso e urgente considerar que se tem de pôr um fim a esse governo do
Partido dos Trabalhadores, ora presidido em segundo mandato, pela Senhora
Rousseff.
Aliás, a senhora Presidente está uma arara com o seu Ministro da Saúde,
Marcelo Castro, que declarou que o Brasil está perdendo feio a sua guerra
contra o mosquitinho do zika.
Essa manifestação - que eventual
pressão de Dilma poderá até modificar, mas não logrará apagar porque é a dura
verdade - corresponde à verificação de fato, em uma mistura de burocracia,
falta de verbas e de real vontade de motivar a população. Tal apenas repete
reações anteriores, diante de ameaças similares, em que a autoridade muita vez
pensa que externar o problema e afirmar-lhe a vontade de combatê-lo já compõe a
sua parte, quando não deveria passar do início de ação sustentada - e não de mentirinha, como o são muitas supostas iniciativas oficiais - em
que participem o Governo, os seus ministérios e secretarias, além do próprio
Povo motivado (através de campanhas nos meios de comunicação e de advertências
quanto à necessidade de cooperar de modo eficaz para arrostar e vencer um
problema de saúde pública que, por conseguinte, a todos concerne).
Disparada no endividamento.
Segundo a seção
econômico-financeira de O Globo, um grupo de 50 grandes empresas tinha uma dívida total de R$ 476,05 bilhões (2013) e de R$
842,59 bilhões (2015), o que
corresponde a um salto de 77% nesses
dois anos. Já em termos de dívida líquida, em 3º trimestre, a Petrobrás, espoliada pelo Petrolão,
apresentou R$ 401,99 bilhões,
seguida pela Vale com R$ 96,45 bilhões, a OI com R$ 43,68 bilhões, a JBS
com R$
41,71 bilhões, a CSN com R$ 26,08 bilhões, Metalurgica
Gerdau com R$ 23,15, a Braskem com R$ 21,39 bilhões e outra Gerdau,
com R$ 20,84 bilhões.
Tampouco a Dívida corporativa (como
proporção do PIB) (fim de 2014) apresenta um quadro alentador:
o Brasil tem dívida de 67,4%
a Turquia, de 63,9%
a África do Sul, de 55,7%
a Índia,
de 52,2%
a Rússia, de 49,5%
Indonésia, de 37,3%
e
México,
de 33.2%.
Por outro lado, a crise também
se reflete nos Estados, como não poderia deixar de ser. Nos cinco maiores
estados (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná)
os cortes nos orçamentos previstos para 2016 registram variações para menos,
respectivamente, - 14,26%, -11,37%, -31,33%,-30,32%,e mais 21.73%
A confirmar, a boa notícia está na internet de hoje: os gastos dos brasileiros caem no exterior - em
virtude do dólar mais caro - forçando menos a conta de invisíveis. Por outro
lado, haveria um superavit de US$ 58,9 bilhões na balança de mercadorias ( o
que se explica por um real mais barato em relação ao dólar, e portanto mais
competitivo).
( Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo, Site de O Globo
)
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