Incidente naval EUA - Irã
Dois pequenos barcos americanos
de patrulha, em rota do Kuwait para a base naval estadunidense em Bahrein,
foram apresados pela marinha iraniana.
Segundo declararam os marinheiros, eles adentraram, por inadvertência, águas
territoriais do Irã.
Como previsto, o Acordo Nuclear entre
o Irã e as potências nucleares, encabeçadas pelos Estados Unidos, deverá entrar
em vigor já na próxima semana.
Assim, tanto para a Administração
Obama, quanto para o Governo do Irã, esse incidente, se tratado de modo inepto,
poderia pôr a perder, ou atrasar o dito Acordo, pelo qual a diplomacia iraniana
batalhou muito, e mostrou bastante flexibilidade.
No curto espaço de tempo, em que o
grupo de marinheiros americanos ficou detido na base do Irã, a excitação subiu
bastante entre os pré-candidatos republicanos à Presidência, partindo as
declarações mais estridentes do presente líder nas pesquisas, Donald Trump.
Sem embargo, o Secretário de Estado John Kerry entrou de imediato em contato
com a sua bem conhecida contraparte nas recentes e exitosas negociações. Como,
por motivo do longo caminho dessa cooperação diplomática e pela circunstância de com ele manter boas relações, Mohamad
Javad Zarif, o Ministro das Relações Exteriores do Irã, não poderiam ser
melhores as perspectivas do chefe da diplomacia americana de obter o pronto e
desejado êxito.
Kerry disse notadamente "Só o que
nos faltava é que o Acordo Nuclear por nós assinado venha a ter a sua entrada
em vigor prejudicada por esse incidente naval."
A única dúvida que o Secretário de
Estado mantinha não era sobre o apoio que Zarif lhe prestaria, mas sim acerca
da extensão do poder interno do colega iraniano em influenciar por uma rápida
solução para o problema.
Foi o que, na verdade, ocorreu. A
rapidez com que o Irã liberou os marinheiros detidos, e aceitou-lhe as explicações é forte indicação do atual
estado das relações entre Irã e Estados Unidos.
E mais uma vez a matilha dos
pretendentes republicanos, depois de seus violentos e açodados comentários,
sobre a maneira com que Teerã tratava os marinheiros americanos, se viu forçada
a bater em rápida retirada, dada a vexaminosa discrepância entre seus ofensivos
comentários durante a "crise" e a prova desmoralizante do bom estado
das relações entre os dois países ... graças à iniciativa de direto auxiliar do detestado
Barack Obama...
Lula Reforça a Própria Defesa
Citado pela delação de Nestor
Cerveró na Operação Lava-Jato, o
ex-Presidente Lula da Silva acaba de contratar o criminalista Nilo Batista, no intúito de
reforçar a própria defesa.
Segundo declarou Batista,
ex-governador do Rio de Janeiro, passaria a atuar de graça para o petista.
Consoante noticia a Folha de S.
Paulo, e nas palavras de aliados seus, Luiz Inácio Lula da Silva "tomou
conhecimento de que algo mais grave pode acontecer".
Até aqui, Lula da Silva vinha
adotando a tática de mostrar-se como perseguido por setores do Judiciário e
pela imprensa, os quais, consoante a própria retórica, desejariam minar
eventual candidatura dele à Presidência.
O petista não abandonará tal
discurso, mas chamou Batista para fortalecer tecnicamente a respectiva defesa
nos casos em que vem sendo citado. Nilo
Batista - que assumiu o governo do Estado do Rio de Janeiro, quando Brizola
decidiu concorrer à presidência da república - é considerado um dos principais
criminalistas do Estado.
Segundo Batista,"há um esforço
para a criminalização do ex-presidente". A contratação de Batista - que se
associa aos advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira - foi sugestão
do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), amigo de Lula e que tem
coordenado as iniciativas jurídicas do
PT, no Congresso, em defesa do governo.
A primeira atuação do criminalista no
caso foi acompanhar o depoimento que Lula deu à Polícia Federal na
quarta-feira, seis de janeiro, em inquérito da Operação Zelotes.
O que mais preocupa Lula é a citação a
seu filho caçula, Luis Cláudio Lula da Silva, dono da LFT Marketing. Segundo a
investigação, a empresa recebeu R$ 2,4 milhões do escritório Marcondes &
Mautoni,que fazia lobby para empresas automotivas.
Lula é investigado pela Procuradoria
da República no D.F. sob suspeita de favorecer a Odebrecht, que lhe pagou
palestras e viagens do líder petista a países onde realizou obras financiadas
pelo BNDES.
Outro abacaxi cai no cesto de J. Wagner
Para quem começava a agir com fumaças de candidato a
Presidente da República, enquanto Ministro da Casa Civil de Dilma, os tempos
decerto mudaram para Jaques Wagner.
Uma série de notícias relativas à
sua recente governança baiana estão pipocando na imprensa, amiúde em cabeçalhos
com viés desfavorável ao suposto pré-candidato.
A par de constar na imprensa que ele já
está incluído nas investigações da Operação Lava Jato, hoje a Folha estampa em
primeira página que o ex-diretor da OAS Manuel Ribeiro Filho - nomeado pelo
então governador Wagner em 2014 para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano -
foi responsável por licitação vencida pela própria empreiteira.
A obra viária Linha Vermelha, em
Salvador, está orçada em R$ 584 milhões.
Nesse contexto, as ligações de J.
Wagner (atual Ministro da Casa Civil) com a empreiteira OAS são investigadas
pela Lava Jato.
Por outro lado, mensagens de texto de
Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e condenado a dezesseis anos por corrupção,
indicam que Wagner tratou de doações para a campanha do PT na capital baiana em
2012.
Segundo a investigação, um dos
interlocutores das doações foi Ribeiro Filho, que na época era diretor da
empreiteira, na qual trabalhou até maio de 2013. Das cinco maiores obras de
infraestrutura iniciadas na gestão Wagner, três foram ou são tocadas pela OAS.
( Fontes:The New York Times, CNN, Folha de S. Paulo )
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