quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Notícias direto do Front


                                      

Incidente naval  EUA - Irã

 

          Dois pequenos barcos americanos de patrulha, em rota do Kuwait para a base naval estadunidense em Bahrein, foram apresados pela marinha iraniana.  Segundo declararam os marinheiros, eles adentraram, por inadvertência, águas territoriais do Irã.

         Como previsto, o Acordo Nuclear entre o Irã e as potências nucleares, encabeçadas pelos Estados Unidos, deverá entrar em vigor já na próxima semana.

         Assim, tanto para a Administração Obama, quanto para o Governo do Irã, esse incidente, se tratado de modo inepto, poderia pôr a perder, ou atrasar o dito Acordo, pelo qual a diplomacia iraniana batalhou muito, e mostrou bastante flexibilidade.

         No curto espaço de tempo, em que o grupo de marinheiros americanos ficou detido na base do Irã, a excitação subiu bastante entre os pré-candidatos republicanos à Presidência, partindo as declarações mais estridentes do presente líder nas pesquisas, Donald Trump.

        Sem embargo, o Secretário de Estado John Kerry entrou de imediato em contato com a sua bem conhecida contraparte nas recentes e exitosas negociações. Como, por motivo do longo caminho dessa cooperação diplomática  e pela circunstância de  com ele  manter boas relações,  Mohamad Javad Zarif, o Ministro das Relações Exteriores do Irã, não poderiam ser melhores as perspectivas do chefe da diplomacia americana de obter o pronto e desejado êxito.

        Kerry disse notadamente "Só o que nos faltava é que o Acordo Nuclear por nós assinado venha a ter a sua entrada em vigor prejudicada por esse incidente naval."

        A única dúvida que o Secretário de Estado mantinha não era sobre o apoio que Zarif lhe prestaria, mas sim acerca da extensão do poder interno do colega iraniano em influenciar por uma rápida solução para o problema.

        Foi o que, na verdade, ocorreu. A rapidez com que o Irã liberou os marinheiros detidos, e aceitou-lhe  as explicações é forte indicação do atual estado das relações entre Irã e Estados Unidos.

        E mais uma vez a matilha dos pretendentes republicanos, depois de seus violentos e açodados comentários, sobre a maneira com que Teerã tratava os marinheiros americanos, se viu forçada a bater em rápida retirada, dada a vexaminosa discrepância entre seus ofensivos comentários durante a "crise" e a prova desmoralizante do bom estado das relações entre os dois países ... graças à  iniciativa de direto auxiliar do detestado Barack Obama...

 

Lula Reforça a Própria Defesa

        

         Citado pela delação de Nestor Cerveró na Operação Lava-Jato, o ex-Presidente Lula da Silva acaba de contratar o criminalista Nilo Batista, no intúito de reforçar  a  própria defesa.

          Segundo declarou Batista, ex-governador do Rio de Janeiro, passaria a atuar de graça para o petista.

          Consoante noticia a Folha de S. Paulo, e nas palavras de aliados seus, Luiz Inácio Lula da Silva "tomou conhecimento de que algo mais grave pode acontecer".

           Até aqui, Lula da Silva vinha adotando a tática de mostrar-se como perseguido por setores do Judiciário e pela imprensa, os quais, consoante a própria retórica, desejariam minar eventual candidatura dele à Presidência.

          O petista não abandonará tal discurso, mas chamou Batista para fortalecer tecnicamente a respectiva defesa nos casos em que vem sendo citado.  Nilo Batista - que assumiu o governo do Estado do Rio de Janeiro, quando Brizola decidiu concorrer à presidência da república - é considerado um dos principais criminalistas do Estado.

         Segundo Batista,"há um esforço para a criminalização do ex-presidente". A contratação de Batista - que se associa aos advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira - foi sugestão do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), amigo de Lula e que tem coordenado  as iniciativas jurídicas do PT, no Congresso, em defesa do governo.

         A primeira atuação do criminalista no caso foi acompanhar o depoimento que Lula deu à Polícia Federal na quarta-feira, seis de janeiro, em inquérito da Operação Zelotes.

         O que mais preocupa Lula é a citação a seu filho caçula, Luis Cláudio Lula da Silva, dono da LFT Marketing. Segundo a investigação, a empresa recebeu R$ 2,4 milhões do escritório Marcondes & Mautoni,que fazia lobby para empresas automotivas.

           Lula é investigado pela Procuradoria da República no D.F. sob suspeita de favorecer a Odebrecht, que lhe pagou palestras e viagens do líder petista a países onde realizou obras financiadas pelo BNDES.

 

Outro abacaxi cai no cesto de J. Wagner  

 

           Para quem começava a agir com fumaças de candidato a Presidente da República, enquanto Ministro da Casa Civil de Dilma, os tempos decerto mudaram para Jaques Wagner.

           Uma série de notícias relativas à sua recente governança baiana estão pipocando na imprensa, amiúde em cabeçalhos com viés desfavorável ao suposto pré-candidato.

          A par de constar na imprensa que ele já está incluído nas investigações da Operação Lava Jato, hoje a Folha estampa em primeira página que o ex-diretor da OAS Manuel Ribeiro Filho - nomeado pelo então governador Wagner em 2014 para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano - foi responsável por licitação vencida pela própria empreiteira.

          A obra viária Linha Vermelha, em Salvador, está orçada em R$ 584 milhões.

           Nesse contexto, as ligações de J. Wagner (atual Ministro da Casa Civil) com a empreiteira OAS são investigadas pela Lava Jato.

          Por outro lado, mensagens de texto de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, e condenado a dezesseis anos por corrupção, indicam que Wagner tratou de doações para a campanha do PT na capital baiana em 2012.

         Segundo a investigação, um dos interlocutores das doações foi Ribeiro Filho, que na época era diretor da empreiteira, na qual trabalhou até maio de 2013. Das cinco maiores obras de infraestrutura iniciadas na gestão Wagner, três foram ou são tocadas pela OAS.

 

( Fontes:The New York Times, CNN,  Folha de S. Paulo )   

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