O New York Times
endossa Hillary
O New York Times não é o maior jornal
americano por acaso. A sua posição política pode ser contestada, mas
dificilmente não se assinalará o peso e a importância de suas opiniões.
O endosso
que ora o Times confere à
pré-candidatura de Hillary Clinton à
presidência, se é feito com grande antecipação - e não há negar que haja
sobejos motivos para tanto - mostra também a isenção do jornal, eis que várias
questões foram por ele examinadas em matérias desfavoráveis para a
pré-candidata à nomination pelo
Partido Democrata.
É esta
capacidade de rever as próprias posições, uma vez que a respectiva análise foi
insatisfatória, que constitui trunfo decerto não desprezível deste jornal, que
é, de longe, o maior dos Estados Unidos.
O Times a
qualifica como candidata presidencial sdas mais ampla e profundamente
qualificadas para exercer a presidência na história moderna.
Segundo o New York Times, o seu principal opositor
para a candidatura democrata, o Senador Bernie Sanders, que se
autodescreve um Socialista Democrata, tem sido adversário emuito mais temível
do que muitos antecipavam e, inclusive, a própria Hillary.
Para o Times, no entanto, Mr. Sanders não tem a
largueza da experiência e das idéias políticas que a Sra. Clinton oferece. Ela é forte advogada de sensatas e eficazes
medidas para combater a praga das armas
de fogo. A ficha de Sanders em armas é
relativamente fraca.
Também as
propostas de Hillary para a reforma financeira refletem profundo entendimento
da Lei Dodd-Frank de Reforma Financeira,
inclusive nos tópicos em que deixa a desejar. Por outro lado, Hillary apóia
reformas de que a nação muito carece, como controles para o intercâmbio
financeiro de alta intensidade e maiores obstáculos para a especulação bancária
em derivativos.
O Times considera a plataforma de Hillary
aquela que merece ser escolhida, sobretudo por apresentar visão para os Estados Unidos é que
radicalmente diferente daquela oferecida pelos principais candidatos
republicanos - uma visão propositiva de
que a classe média americana possa ter chances em atingir a prosperidade, que
os direitos da mulher sejam reforçados, que os imigrantes não-documentados possam
alcançar a legalidade, que as alianças
internacionais sejam cultivadas e que a superpotência continue segura.
O Zika e a falta de empenho
É
gritante e irresponsável a falta de empenho dos cariocas - tanto no morro,
quanto no asfalto - no combate ao Aedes Aegypti (o vetor da dengue e do zika).
Se falta liderança cívica nessa matéria, o
Estado não pode se retrair. No Globo
de sábado, se assinala que é flagrante a displicência dos moradores na luta
contra o Aedes Aegypti.
Como,
em aparência, não surgem lideranças comunitárias - e isso tanto nas ruas do
Leblon, quanto nas da Rocinha - não é estranhável que ali existam muitos focos.
Essa
falta de conexão, essa indiferença, esta
passividade diante de ameaça nada
desprezível, só é explicável por duas
omissões em termos de iniciativa: a da Prefeitura e suas
subprefeituras (que não devem ser apenas cabides de emprego, mas precisam
ter presença pró-ativa no combate à epidemia) que nada fazem para chamar a
atenção do carioca, enquanto cidadão, no combate preventivo à essa praga.
De sua parte, falta ao carioca, rico ou
pobre, seja morador no Leblon ou Ipanema, seja favelado, a compreensão de que
não faz favor nenhum em participar de forma pró-ativa da luta contra esses dois
flagelos.
Esses senhores carismáticos, como Pezão
e Eduardo Paes deveriam engajar-se mais nesse trabalho de conscientização
do carioca.
Maior inter-relação entre o Poder
público e o Cidadão seria também muito útil e de grande serventia em termos de
controle dos focos de contágio e os de formação do mosquito aedes aegypti.
A
zika tem um potencial maior e mais temível do que a dengue. Os focos de
disseminação - como o carro abandonado por exemplo, apontado no artigo de O
Globo - não podem ser deixados ao Deus dará.
A intervenção deve ser imediata.
No caso agride ao bom senso e à inteligência que essas verdadeiras bombas com
mecha acesa persistam junto das residências, como se a inação fosse a única
reação (que é a do não-fazer-nada).
Incrível assalto no Túnel Rebouças
A displicência e os grandes
vazios em termos de força policial tornam possível incríveis ataques de
bandidos em pleno centro do Rio de Janeiro, como no túnel Rebouças que liga a
Zona Norte à Zona Sul da cidade.
O
crime foi cometido às 21:30 hs de sexta-feira, quando um par de assaltantes, em
motocicleta, assaltou um outro motociclista. Como esse tentasse fugir, levou
dois tiros de raspão nos braços.
Houve pânico no túnel, eis que os motoristas pensaram tratar-se de
arrastão.
Os bandidos fugiram, com a moto roubada, e a vítima, identificada como
Marcelo Parentoni, foi medicada no Hospital Miguel Couto, na Gávea.
A Lava-Jato continua a avançar
As
manchetes dos jornais neste fim de
semana ajudam a explicar a frase do Governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) de que Lula é o retrato do PT, "sem
ética, sem limites". O
ex-Presidente rebateu, citando denúncias sobre Metrô de São Paulo e merenda
escolar.
Por
sua vez, a Lava-Jato investiga a venda de outros imóveis pela Bancoop. Dentre
os empreendimentos que eram dessa citada Cooperativa Habitacional dos Bancários
de São Paulo - que foi dirigida pelo ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso
desde abril de 2015 e condenado a quinze anos de prisão na Lava-Jato - um dos
apartamentos investigados é o do Presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Vagner Freitas. Ele seria
dono de imóvel registrado em nome da empreiteira OAS, em bloco do Residencial
Altos do Butantã, na Zona Oeste de São Paulo.
Freitas negou qualquer crime e disse ter comprovantes da quitação do
imóvel. Acrescentou que, apesar de haver pago pelo apartamento "há três ou
quatro anos", ainda não providenciou para alterar o registro em cartório. Diante da
divulgação do caso, disse que pretende fazer a transferência de registro nesta
segunda-feira., 1° de fevereiro.
Malgrado tenha sido um dos líderes dos ataques ao ex-Ministro da Fazenda
Joaquim Levy, Vagner chamou a atenção em agosto de 2015 ao ameaçar pegar em
armas para defender o mandato de Dilma Rousseff, durante um encontro promovido
pela Presidenta no Palácio do Planalto com líderes de movimentos sociais.
Ainda
naquele mesmo dia, Vagner Freitas tentou amenizar a fala, alegando que não
tivera intenção de incitar a violência e que usara as palavras apenas como uma
"figura de linguagem".
( Fontes:
The New York Times, O Globo, Folha de S. Paulo )
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