A queda do preço do barril
de petróleo Brent continua. Não é só a Petrobrás, obviamente, que sofre com
esse fenômeno comercial, que decorre do excesso de oferta dessa importante commodity
no mercado.
Países que dependem dos rendimentos
provenientes do ouro negro - que apesar de continuar negro, cada vez mais perde
a sua conexão com o ouro - como, por exemplo,
a Federação Russa, de V. Putin, e a Venezuela, de Maduro sofrem em consequência.
Nesse sentido, a situação
econômico-financeira da Venezuela fica ainda mais precária, dada a sua grande
dependência das vendas de petróleo. Não se há de esquecer que no tempo das
vacas gordas, quando o preço do barril estava acima de cem dólares, Caracas
podia financiar as compras desse produto subsidiado a Cuba e outros países da
Alba.
A desvalorização do petróleo decorre,
notadamente, da superprodução atual, com a política nesse sentido do maior
produtor, a Arábia Saudita. Tampouco diminui a oferta a maciça extração pelos
Estados Unidos de óleo através do xisto betuminoso, com que Washington atingiu
uma posição confortável no mercado.
Os dados do mercado são os seguintes: o
petróleo fechou nesta 4ª feira, dia seis, abaixo de US$ 35 pela primeira vez
desde 2004, após um aumento acentuado nos estoques de gasolina nos Estados
Unidos reforçar o cenário de excesso de
oferta no mercado.
Assim, se os dados do governo
estadunidense mostraram uma queda inesperada de 5,1 milhões de barris nos
estoques de petróleo na semana passada, que foi ofuscada por um aumento de 10,6
milhões de barris de petróleo nos estoques de gasolina, que foi a maior alta
semanal desde 1993.
A Coreia do Norte Nuclear
Na passada noite, a Coreia do Norte anunciou o seu
primeiro teste 'com sucesso' de uma bomba de hidrogênio, que tem potencial
destrutivo muito maior do que o da bomba atômica tradicional.
Dentro da atmosfera de opera-buffa
que preside ao regime comunista de Kim Jong-un, a experiência teve caráter
comemorativo, tendo sido autorizada pelo ditador dois dias antes de seu
aniversário. Ele completa trinta e três anos nesta sexta, oito de janeiro.
Há ceticismo nos meios
especializados. Conquanto o tremor tenha sido realmente gravado nos
sismógrafos, para muitos técnicos o choque não teria a força que se associa a
uma experiência com bomba de hidrogênio. Consoante os especialistas, a explosão
deveria ter uma potência dez vezes
superior do que a registrada.
Ao contrário dos testes anteriores
de 2006, 2009 e 2013, este experimento não foi comunicado à China e aos Estados
Unidos com um dia de antecedência.
Segundo o porta-voz da Casa
Branca, Josh Earnest, que a bomba de hidrogênio deve ser visto com ceticismo.
"O que é verdade é que a Coreia do Norte continua sendo uma das nações
mais isoladas do mundo, e esse isolamento só se aprofunda à medida que eles
tentam envolver-se em atos crescentemente provocatórios".
Há previsão de ulteriores sanções
sobre o regime de Kim Jong-un, dado o virtual consenso que existe entre os
membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, quanto à
necessidade de demonstrar alguma firmeza no capítulo.
As sanções - cuja eficácia é
relativizada pela própria capacidade dessa rogue-country (país bandido) de
contorná-las, como se o próprio avanço nesse campo o demonstra - incluem
embargo à exportação e importação de tecnologia nuclear e de mísseis, assim
como proibição de todas as exportações bélicas. Assinale-se, outrossim, que os
Estados Unidos da América também impõem sanções unilaterais a esse regime
comunista.
Lula, o patrão esquerdista de Dilma
Segundo tem sido filtradas pelo noticiário, Lula da Silva se tem associado com crescente
desenvoltura à corrente mais à esquerda dentre aquelas que ainda apóiam a
Presidente Dilma Rousseff.
Teria sido dele o lançamento do
torpedo que afundaria o ex-Ministro da Fazenda Joaquim Levy. Nesse contexto, a
Presidenta teria afinal abraçado a tese do patrono do delenda Levy, ao convencer-se de que a posição do Ministro da
Fazenda se tornava cada vez mais insustentável.
O líder máximo do PT deve estar
convicto quanto à respectiva tese de ganhar eleições com a esquerda e de
governar com a direita. Se analisarmos o comportamento de Lula desde 2002, data
de sua eleição para a presidência, as suas posições provocaram os piores
índices economico-financeiros, índices tais que seriam posteriormente corrigidos
por Palocci e mudaram deveras a imagem de Lula, até que, com a saída de Palocci
e a entrada de Guido Mantega as coisas
fossem piorando novamente.
Agora o proceder de Lula se
enquadraria no seu modelo duplo anterior, que se poderia traduzir pelo dito
ganha as eleições com a esquerda e governa com a direita.
De qualquer forma, a ascendência
de Lula como chefe-máximo volta a níveis precedentes, em termos de submissão de
Dilma. Nesse sentido, o ex-presidente barrou a entrada do Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, na
reunião que se propunha discutir a posição do governo na matéria. Este teve de
submeter-se ao ukase de Lula, que não
quis saber de Barbosa opinando na mesa redonda.
Por outro lado, vale a pena
repetir o que escreveu Miriam Leitão na sua coluna: "Ontem o ex-presidente voltou a Brasília
para dar novas orientações a Dilma sobre como conduzir a economia. Não é
necessário: ela sabe errar por ela mesma."
A dança de Del Nero
A precipitada fuga de Del Nero de
Zurich - quando José Maria Marin foi detido para ser extraditado para os
Estados Unidos - já era mensagem não tão críptica quanto a precária situação do
paredro, à vista do Ministério da Justiça dos Estados Unidos.
Essa realidade se confirmaria a
contrario sensu pelas pontuais recusas do dirigente - então já como
virtual sucessor de Marin - de acompanhar a seleção em deslocamentos para o
exterior, assim como negar-se a participar de qualquer reunião em terra
estrangeira.
Tal súbita fobia do senhor Del Nero só
poderia acirrar as eventuais suspeitas. Licenciando-se da CBF, terá ele pensado
que reduziria o controle e diminuiria a suspicácia? É claro que não. Fala-se que ele estaria
preparando a respectiva sucessão por alguém de sua confiança.
Em tudo isso, mesmo no Brasil, em
que o governo procura aparentar que não é com ele a gestão do futebol, devemos
ter presente que para tudo há um limite. Isso de resto terá sido sentido pelo
Senador Romário, que convocou o evasivo Del Nero para sessão de sua
Comissão de Inquérito.
Há muito tempo que se sabe de
grossas irregularidades na Confederação competente para tratar-se do esporte em
que éramos preponderantes (escrevo do período anterior ao vexame do 7x1 em
Minas Gerais) e merecíamos respeito.
Depois daquela infausta data, e da atitude apática de Felipão, o técnico
brasileiro, sequer tentando redespertar o time para que reagisse no campo e no
futebol contra o vexame histórico e a pública, penosa humilhação, que lhe
estava sendo alegre e profusamente infligida, tem-se a impressão de que
regredimos no campo e fora dele.
Não que os nossos paredros -
excluído Paulo Machado de Carvalho e pouquíssimos outros - tenham tido
comportamento que fosse de maneira a que pudéssemos admirá-los. Dado o afastamento dos governos, a CBD teria
ficado com a impressão de que poderia fazer o que bem entendesse - o que aliás,
pelo registro agora das falcatruas cometidas a impressão tende a reforçar-se,
aproximando-se da convicção.
Esse desgoverno de dona Dilma, que
até Ministro para o Esporte tem, deveria mostrar mais atitude e mais respeito
com os dirigentes da CBF, porque eles de alguma forma representam o Brasil, sendo
o nosso país o que é em termos de manancial de jogadores, eis que tantos
atletas abandonam a cidadania brasileira, naturalizando-se em "n"
países para tentar a sorte nas respectivas seleções. Nesse sentido, non sò se è vero peró è ben trovato (não sei se é verdade, mas
está bem imaginado) que a FIFA terá criado regras que impeçam que outras
seleções tenham mais de um brasileiro naturalizado no time respectivo... Por
isso, esse senhor ministro do esporte deveria tratar da questão de forma que se
procedesse a entregar a direção da CBF à pessoas de folha corrida com bons
serviços ao esporte, e em especial uma ficha ilibada, no Brasil e no
exterior. Nós que já tivemos Paulo
Machado de Carvalho a honrar a nossa Confederação, o que impede de que encontremos
gente digna e com ótima fé de ofício?
( Fontes: O
Globo, colunas de Merval Pereira e de Miriam Leitão; Folha de S. Paulo;
site de O Globo )
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