quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Notícias direto do Front


                                    
O preço do petróleo despenca
 

        A queda do preço do barril de petróleo Brent continua. Não é só a Petrobrás, obviamente, que sofre com esse fenômeno comercial, que decorre do excesso de oferta dessa importante commodity no mercado.

        Países que dependem dos rendimentos provenientes do ouro negro - que apesar de continuar negro, cada vez mais perde a sua conexão com o ouro - como, por exemplo,  a Federação Russa, de V. Putin, e a Venezuela, de Maduro sofrem em consequência.

        Nesse sentido, a situação econômico-financeira da Venezuela fica ainda mais precária, dada a sua grande dependência das vendas de petróleo. Não se há de esquecer que no tempo das vacas gordas, quando o preço do barril estava acima de cem dólares, Caracas podia financiar as compras desse produto subsidiado a Cuba e outros países da Alba.

        A desvalorização do petróleo decorre, notadamente, da superprodução atual, com a política nesse sentido do maior produtor, a Arábia Saudita. Tampouco diminui a oferta a maciça extração pelos Estados Unidos de óleo através do xisto betuminoso, com que Washington atingiu uma posição confortável no mercado.

        Os dados do mercado são os seguintes: o petróleo fechou nesta 4ª feira, dia seis, abaixo de US$ 35 pela primeira vez desde 2004, após um aumento acentuado nos estoques de gasolina nos Estados Unidos reforçar o cenário de excesso  de oferta no mercado.

          Assim, se os dados do governo estadunidense mostraram uma queda inesperada de 5,1 milhões de barris nos estoques de petróleo na semana passada, que foi ofuscada por um aumento de 10,6 milhões de barris de petróleo nos estoques de gasolina, que foi a maior alta semanal desde 1993.

 

A Coreia do Norte Nuclear

 

            Na passada noite, a Coreia do Norte anunciou o seu primeiro teste 'com sucesso' de uma bomba de hidrogênio, que tem potencial destrutivo muito maior do que o da bomba atômica tradicional.

             Dentro da atmosfera de opera-buffa que preside ao regime comunista de Kim Jong-un, a experiência teve caráter comemorativo, tendo sido autorizada pelo ditador dois dias antes de seu aniversário. Ele completa trinta e três anos nesta sexta, oito de janeiro.

             Há ceticismo nos meios especializados. Conquanto o tremor tenha sido realmente gravado nos sismógrafos, para muitos técnicos o choque não teria a força que se associa a uma experiência com bomba de hidrogênio. Consoante os especialistas, a explosão deveria ter uma potência  dez vezes superior do que a registrada.

             Ao contrário dos testes anteriores de 2006, 2009 e 2013, este experimento não foi comunicado à China e aos Estados Unidos com um dia de antecedência.

             Segundo o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, que a bomba de hidrogênio deve ser visto com ceticismo. "O que é verdade é que a Coreia do Norte continua sendo uma das nações mais isoladas do mundo, e esse isolamento só se aprofunda à medida que eles tentam envolver-se em atos crescentemente provocatórios".

              Há previsão de ulteriores sanções sobre o regime de Kim Jong-un, dado o virtual consenso que existe entre os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, quanto à necessidade de demonstrar alguma firmeza no capítulo.

              As sanções - cuja eficácia é relativizada pela própria capacidade dessa rogue-country (país bandido) de contorná-las, como se o próprio avanço nesse campo o demonstra - incluem embargo à exportação e importação de tecnologia nuclear e de mísseis, assim como proibição de todas as exportações bélicas. Assinale-se, outrossim, que os Estados Unidos da América também impõem sanções unilaterais a esse regime comunista.

 

Lula, o patrão esquerdista de Dilma

 

             Segundo tem sido filtradas pelo noticiário,  Lula da Silva se tem associado com crescente desenvoltura à corrente mais à esquerda dentre aquelas que ainda apóiam a Presidente Dilma Rousseff.

             Teria sido dele o lançamento do torpedo que afundaria o ex-Ministro da Fazenda Joaquim Levy. Nesse contexto, a Presidenta teria afinal abraçado a tese do patrono do delenda Levy, ao convencer-se de que a posição do Ministro da Fazenda se tornava cada vez mais insustentável.

             O líder máximo do PT deve estar convicto quanto à respectiva tese de ganhar eleições com a esquerda e de governar com a direita. Se analisarmos o comportamento de Lula desde 2002, data de sua eleição para a presidência, as suas posições provocaram os piores índices economico-financeiros, índices tais que seriam posteriormente corrigidos por Palocci e mudaram deveras a imagem de Lula, até que, com a saída de Palocci e a entrada de Guido Mantega as coisas  fossem piorando novamente.

             Agora o proceder de Lula se enquadraria no seu modelo duplo anterior, que se poderia traduzir pelo dito ganha as eleições com a esquerda e governa com a direita.

             De qualquer forma, a ascendência de Lula como chefe-máximo volta a níveis precedentes, em termos de submissão de Dilma. Nesse sentido, o ex-presidente barrou a entrada  do Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, na reunião que se propunha discutir a posição do governo na matéria. Este teve de submeter-se ao ukase de Lula, que não quis saber de Barbosa opinando na mesa redonda.

              Por outro lado, vale a pena repetir o que escreveu Miriam Leitão na sua coluna:  "Ontem o ex-presidente voltou a Brasília para dar novas orientações a Dilma sobre como conduzir a economia. Não é necessário: ela sabe errar por ela mesma."

 

A dança de Del Nero

 

           A precipitada fuga de Del Nero de Zurich - quando José Maria Marin foi detido para ser extraditado para os Estados Unidos - já era mensagem não tão críptica quanto a precária situação do paredro, à vista do Ministério da Justiça dos Estados Unidos.

            Essa realidade se confirmaria a contrario sensu pelas pontuais recusas do dirigente - então já como virtual sucessor de Marin - de acompanhar a seleção em deslocamentos para o exterior, assim como negar-se a participar de qualquer reunião em terra estrangeira.

            Tal súbita fobia do senhor Del Nero só poderia acirrar as eventuais suspeitas. Licenciando-se da CBF, terá ele pensado que reduziria o controle e diminuiria a suspicácia?  É claro que não. Fala-se que ele estaria preparando a respectiva sucessão por alguém de sua confiança.

              Em tudo isso, mesmo no Brasil, em que o governo procura aparentar que não é com ele a gestão do futebol, devemos ter presente que para tudo há um limite. Isso de resto terá sido sentido pelo Senador Romário, que convocou o evasivo Del Nero para  sessão de sua Comissão de Inquérito.

              Há muito tempo que se sabe de grossas irregularidades na Confederação competente para tratar-se do esporte em que éramos preponderantes (escrevo do período anterior ao vexame do 7x1 em Minas Gerais) e merecíamos respeito.  Depois daquela infausta data, e da atitude apática de Felipão, o técnico brasileiro, sequer tentando redespertar o time para que reagisse no campo e no futebol contra o vexame histórico e a pública, penosa humilhação, que lhe estava sendo alegre e profusamente infligida, tem-se a impressão de que regredimos no campo e fora dele.

             Não que os nossos paredros - excluído Paulo Machado de Carvalho e pouquíssimos outros - tenham tido comportamento que fosse de maneira a que pudéssemos admirá-los.  Dado o afastamento dos governos, a CBD teria ficado com a impressão de que poderia fazer o que bem entendesse - o que aliás, pelo registro agora das falcatruas cometidas a impressão tende a reforçar-se, aproximando-se da convicção.

            Esse desgoverno de dona Dilma, que até Ministro para o Esporte tem, deveria mostrar mais atitude e mais respeito com os dirigentes da CBF, porque eles de alguma forma representam o Brasil, sendo o nosso país o que é em termos de manancial de jogadores, eis que tantos atletas abandonam a cidadania brasileira, naturalizando-se em "n" países para tentar a sorte nas respectivas seleções. Nesse sentido, non sò se è vero peró è ben trovato (não sei se é verdade, mas está bem imaginado) que a FIFA terá criado regras que impeçam que outras seleções tenham mais de um brasileiro naturalizado no time respectivo... Por isso, esse senhor ministro do esporte deveria tratar da questão de forma que se procedesse a entregar a direção da CBF à pessoas de folha corrida com bons serviços ao esporte, e em especial uma ficha ilibada, no Brasil e no exterior.  Nós que já tivemos Paulo Machado de Carvalho a honrar a nossa Confederação, o que impede de que encontremos gente digna e com ótima fé de ofício?

( Fontes:  O Globo, colunas de Merval Pereira e de Miriam Leitão; Folha de S. Paulo; site de O Globo )

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