sábado, 28 de abril de 2018

Temer e Piñera recebem Ledezma


                                     
          Um dos principais líderes da oposição venezuelana, o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma foi recebido em Brasília, a 27 do corrente pelos presidentes Michel Temer e Sebastián Piñera (Chile).
           Ao encontrar-se com os dois presidentes,  Ledezma pediu notadamente que os dois líderes sul-americanos não reconheçam  as eleições marcadas para  o próximo dia 20 de maio, na Venezuela.
            Ledezma, que é um dos mais respeitados líderes da oposição democrática na Venezuela, classificou como fraude o processo eleitoral montado por Maduro. Na verdade, a crise venezuelana ganhou a dimensão de "catástrofe humanitária".
            Com a única finalidade de prolongar-se no poder, o lider chavista, consoante Antonio Ledezma, monta uma "fraude eleitoral", a qual não tem outra finalidade que a sua prorrogação no poder.
            Nesse sentido, o ex-prefeito de Caracas e líder da Oposição assinala que a prorrogação de Maduro é a prorrogação do extermínio. E acrescentou: "Porque na Venezuela se instalou um processo de extermínio do povo.  Temos o maior campo de concentração da História da Humanidade. Mais de 26 milhões  de seres humanos estão sequestrados por uma narcoditadura.  E digo - sublinhou Ledezma - narcoditadura porque já se tem provas de que Maduro e seu grupo representam um bando organizado que assaltou  o poder na Venezuela e está relacionado com terroristas, com contrabandistas de gasolina e traficantes."
               Tais foram as palavras de Antonio Ledezma, ditas no Palácio do Itamaraty,  aonde foi condecorada com uma medalha de honra, pelo ministro das relações exteriores, Aloysio Nunes.
                Em suas declarações, Ledezma expôs números segundo os quais trezentas mil crianças vivem afetadas por crônica desnutrição. Na prática, segundo o ex-prefeito, estão elas " sentenciadas à morte".
                 E, nesse contexto, assinala: "Por isso, eu peço que olhem para a Venezuela. Mais de oito milhões de pessoas não podem fazer sequer uma refeição por dia. Falamos de homens e mulheres que morrem diariamente por não terem acesso a serviços de quimioterapia, estão enfermos de diabetes, sem acesso à hemodiálise. Morrem doentes porque não há medicamento nem comida."
                  Ledezma, enquanto líder da Oposição venezuelana, se empenha em que os presidentes de países vizinhos se posicionem no sentido de que Maduro se afaste do poder e que seja instalado na Venezuela um governo de transição. Esse governo provisório, por sua vez, ficaria encarregado de organizar um processo eleitoral legítimo.
                 Como lógica consequência de o que está acontecendo na Venezuela, Ledezma defende que Maduro seja impossibilitado  de participar de qualquer eleição, eis que, segundo  ele, está envolvido  em atos de corrupção e por desrespeitar em vários pontos a Constituição venezuelana.
                  "É a hora de Maduro ser destituído e que seja feita a captura dele em qualquer lugar do mundo.  Não queremos do Brasil apoio à oposição, queremos apoio ao não-reconhecimento das eleições fraudulentas que vão acontecer na Venezuela, no dia vinte de maio.
                    No entendimento de Ledezma, o perigo que Maduro representa não se circunscreve apenas ao seu povo, mas também aos países vizinhos.  Nesse sentido, citou a crise migratória de venezuelanos para Roraima, que na avaliação de Antonio Ledezma tenderá a agravar-se  à medida que se acentue a crise no país vizinho.
                     Nesse contexto, Ledezma pediu a atenção especial para o fato de  que  "o salário  integral não passa de US$ 2.00 por mês. que é uma catástrofe humanitária.  Não estamos pedindo compaixão, estamos pedindo justiça.  A Vene- zuela ameaça a instabilidade regional."

( Fonte:  O  Globo )

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