domingo, 15 de abril de 2018

Cúpula de Lima censura Maduro


           

          A luta contra a corrupção e a crise venezuelana dominaram a Cúpula das Américas, encerrada a catorze do corrente com críticas ao regime do Presidente Nicolás Maduro.
           O presidente peruano, Martín Vizcarra, abriu a cúpula, declarando que "sete a cada dez habitantes do hemisfério têm pouca ou nenhuma confiança em seus governos. Mais da metade dos cidadãos avalia como ruim o desempenho de suas autoridades na luta contra a corrupção".
           É plenamente compreensível essa ênfase dada pelo atual presidente do Peru, ao fenômeno da corrupção, eis que acaba de assumir o governo por causa da corrupção que derrubou o presidente anterior.
            Por sua vez, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, declarou que seu governo não vai reconhecer qualquer resultado das próximas eleições na Venezuela. Nesse sentido, Macri enfatizou que a crise humanitária  no país sul-americano "é o caso extremo de sociedade com corrupção descontrolada."
             Ao referir - o que já é matéria do conhecimento geral - que há presos políticos na Venezuela, Macri declarou que a Argentina não vai reconhecer o resultado da próxima eleição. Nesse sentido, Macri encareceu ao governo de Maduro que "deixe de negar a realidade e aceite a ajuda internacional que permita superar a crise humanitária que é insustentável".  Macri defendeu que as Américas  devem trabalhar juntas para "uma saída justa e pacífica para a Venezuela".
               O vice-presidente americano Mike Pence participou da Conferência no lugar de Trump (que ficou em Washington para administrar a crise na Síria e as suas repercussões no Kremlin). No contexto hemisférico, declarou que Washington "promove mais sanções" para isolar o Governo Maduro. Nessa oportunidade, anunciou ajuda adicional de US$ 16 milhões para os refugiados venezuelanos.
               A par disso, asseverou: "Buscamos sanções adicionais, mais isolamento e mais pressão diplomática, começando por nosso hemisfério, mas também por todo o mundo para reconhecer que a Venezuela é uma ditadura."
               Por sua vez, o presidente chileno, Sebastián Piñera, declarou que "não há dúvida de que na Venezuela não existe democracia, não existe o estado de direito, não há respeito aos direitos humanos ou estão organizando eleições limpas."
               O Chile, terceiro maior destino de venezuelanos, depois de Colômbia e Espanha, acaba de criar  um "visto de responsabilidade democrática" para os venezuelanos  que "fogem do país buscando democracia e prosperidade."
                 O boliviano Evo Morales - que é aliado de Maduro - criticou os Estados Unidos e classificou a maior potência do mundo como "ameaça à paz e à liberdade". Ainda nesse mesmo diapasão, Morales aditou: "É nosso dever falar das ameaças do nosso hemisfério", a propósito de lembrar que são os Estados Unidos são o maior poluidor do mundo, mas "deu as costas  para o Acordo de Paris", para redução da emissão de poluentes atmosféricos.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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