quinta-feira, 19 de abril de 2018

Entrevista de Marina


                                   

        Perguntada por O Globo se "admite abrir mão da cabeça de chapa e ser vice?",  a candidata Marina assim respondeu:
         "Acho interessante que algumas pessoas, não importa quanto eu pontue  nas pesquisas, não consigam me ver como uma possível candidata à Presidência da República. (meu o grifo) Ás vezes eu pergunto: será que é porque sou de origem humilde? Será que é porque sou negra? Será que é porque sou cristão evangélica? Independentemente de toda a trajetória, de 2010, de em 2014 ter sobrevivido a um massacre e ter 22 milhões de votos, de continuar a fazer política em condições inteiramente franciscanas e, mesmo assim, ter o respeito e uma intenção de votos que para qualquer um é valorizada... por que, em relação a mim, as pessoas só conseguem indagar se eu aceitaria ser vice? Por que ninguém  consegue fazer uma outra pergunta? Nós tomamos uma decisão depois de uma discussão muito acurada. Temos um projeto que não dependerá das candidaturas. Estamos abertos ao diálogo? Sim, mas com muito respeito por nossa candidatura."    

          Perguntada sobre a chance real de segundo turno entre dois evangélicos: Bolsonaro, de direita, e a senhora mais à esquerda, e de como via tal cenário, Marina respondeu: "não gosto dessa dicotomia de dividir os candidatos de acordo com a fé que professam. Eu tenho a noção do que é o estado laico, aliás, o estado laico foi uma grande contribuição da reforma protestante, e só os que desconhecem a história advogam que ser cristão evangélico é, a priori, ser contra o estado laico. Então, eu posso até ter adversários ideológicos, mas não quero que se faça no Brasil uma guerra santa".
           Verifica-se que na sua travessia política, Marina tem apresentado, na sua linguagem cristalina, muita firmeza.
            Recordamos o quão difícil foi lutar contra a candidata Dilma, máxime em 2014, de que temos o exemplo do desvirtuamento pela então petista do tópico da autonomia do Banco Central, em que Marina sequer teve o direito de resposta, pela disposição da Justiça Eleitoral, a par da má-fé prevalente, como se autonomia do BC significasse tirar a comida da mesa do trabalhador...


( Fonte: O Globo )

Nenhum comentário: