quarta-feira, 11 de abril de 2018

Problemas extra-conjugais de Trump


                            

          O FBI que tanto ajudara, por intermédio de James Comey, seu então chefe, a eleição de Donald Trump - e se tranquilize o leitor, que não pretendo aditar uma só palavra acerca de tal ingerência - agora invade o escritório de Michael Cohen, advogado pessoal do presidente, e aí descobre comprovantes de pagamento, tanto à atriz pornô Stormy Daniels, quanto a ex-modelo Karen McDougal.
          Essas duas alegaram que tiveram relacionamentos  com Trump, e por causa disso receberam dinheiro para não revelarem os casos respectivos na campanha presidencial de 2016.
          Os casos extraconjugais de Trump custaram-lhe caro. McDougal recebeu US$ 150 mil da empresa dona da revista National Enquirer. Esse 'caso' de Trump não transpirou para a imprensa. Assinale-se que David Pecker, diretor dessa publicação, é amigo de Trump.
          Por sua vez, o advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, providenciou o pagamento de US$ 130 mil a Stephanie Clifford, aliás Stormy Daniels, como parte de "acordo de confidencialidade".  É assim que lá se chama o 'tapa boca'.
          O FBI investiga se Cohen terá usado dólares não declarados da campanha para pagar Stormy Daniels.  Como o chefe, o advogado Cohen está enrolado em investigações várias para determinar se Cohen também utilizou dólares não declarados da campanha para pagar o silêncio de Karen McDougal.
          A par disso, nesse caso das 'modelos', há panos para manga. O subprocurador-geral dos Estados Unidos, Rod Rosenstein, nomeado por Trump para o cargo, não é que assinou o mandado de busca e apreensão no escritório de Cohen? Aliás, Rosenstein é o superior imediato do procurador especial Mr Robert Mueller III.
            Além da fúria de Trump ir contra Rosenstein - a quem nomeara - e também, para variar, contra Robert Mueller,  o problema tem inquietado muito a bancada republicana no Senado. Para tanto, o senador Charles Grassley considera que tal reação, se efetivada, seria equivalente a um "suicídio" político.
              Nesta terça-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders disse que o presidente "certamente acredita ter poder para demitir o procurador especial Robert Mueller",  mas que ele não pensa em tomar essa decisão "agora".

( Fonte: O Estado de S. Paulo )
                

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