quinta-feira, 12 de abril de 2018

Reações à prisão de Lula na Polícia Federal


                             

          Há considerável desconforto na Polícia Federal, assim como junto aos residentes na área próxima à localização da prisão de Lula.
          Pensando criar-lhe condições de maior conforto, a sua localização junto com a respectiva popularidade, está provocando muito transtorno aos residentes em áreas vizinhas ao lugar de custódia do detento Luiz Inácio Lula da Silva.
          No artigo do Estado de S. Paulo, há gente que estaria lucrando com o arranchamento de tantos admiradores do ex-presidente em área próxima ao prédio da P.F.
          Pela falta de condições de acamparem sem grande transtorno tanto próprio, quando dos terrenos próximos, haverá uma prova de resistência para os arranchados. Além disso, para os residentes do entorno, surgem transtornos de todo o gênero, até mesmo para um eleitor aposentado de Lula e Dilma: "minha vida virou de pernas pro ar.Nossa liberdade de ir e vir está comprometida. Nem o carteiro consegue chegar mais aqui. Tenho que andar com  comprovante de residência e não posso mais chamar convidados."
            Os admiradores de Lula se servem de estrutura de funcionamento que é a mesma  dos acampamentos recém-criados dos Trabalhadores rurais sem terra (MST). Há organização rigorosa, com divisão de trabalho, provisões de alimentação e água, estrutura provisória de moradia (barracas de lona improvisadas e de camping).
            No entanto, os problemas de higiene aumentam  porque ao invés de ocupar área rural verde ou de pastagem, tal estrutura está montada em pleno bairro residencial, de ruas asfaltadas, calçadas de grama e ladeiras íngremes. Segundo declara a professora Vanda Santana, integrante da executiva do PT-PR e uma das coordenadoras  do acampamento: " Eu sei que não é confortável abrir a porta de casa e ver isso. Mas estamos fazendo tudo com muita disciplina e respeito. Enquanto Lula estiver aqui, ficaremos. Esse é o nosso local de resistência".
            Outra consequência da transposição de Lula para a P.F. de Curitiba, e o cerco ao prédio, levou o Sindicato dos Delegados da P.F.  do Paraná a pedir  a remoção de Lula da  unidade, alegando prejuízo aos serviços oferecidos à população e pelos riscos de segurança causados aos moradores e aos policiais.
            O transtorno experimentado pelos delegados foi descrito pelo presidente do Sindicato, delegado Algacir Mikalowski: "Pessoas filiadas ao nosso sindicato trouxeram essa dificuldade. Ou seja, estão até sendo intimidadas ao saírem de suas casas. As ruas estão com problemas de acesso, de saúde pública.  Essa região da sede da P.F. não tem a mínima condição de receber esse condenado".
            O aludido pedido foi apresentado ao superintendente regional da PF em Curitiba, delegado Maurício Valeixo. Em nota, a direção da PF informou que Lula está recebendo o mesmo tratamento aplicado aos "demais custodiados" no prédio.
             O ex-presidente vai receber hoje a visita dos filhos, por primeira vez, desde a sua internação em cela, no último andar da sede da Polícia Federal.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )                   

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