quinta-feira, 19 de abril de 2018

Outra prescrição no Supremo


                                   

         O Estado de S. Paulo publica  hoje o seu principal editorial sob o título "Inépcia".  É realmente difícil de aceitar a morosidade do Supremo.  Para que se tenha ideia da incidência desse problema, me permito transcrever, desse editorial, os parágrafos inicial e final, que dá boa ideia do problema:
           "Nove anos, 10 meses e 21 dias depois de receber as alegações finais da defesa do réu, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, mandou extinguir processo contra o deputado Flaviano Melo (MDB-AC). Trata-se de um caso  exemplar da inaceitável demora da mais alta Corte do País em julgar os casos que envolvem  autoridades com foro privilegiado.(...)

           " Na sexta-feira treze, o ministro Celso de Mello finalmente tomou uma decisão; mandou arquivar a ação. (...) Questionado pelo repórter do Estado sobre o motivo para tamanha demora para chegar a essa conclusão, o ministro mandou ler as 30 páginas do documento. Em nenhuma delas no entanto há qualquer explicação para a delonga."   
           (Na verdade)"o breve despacho do ministro Celso de Mello conclui que a denúncia  contra o deputado Flaviano Melo era simplesmente inepta". (...)

           "Não se trata, infelizmente de caso isolado de morosidade. O Supremo tornou-se um necrotério de processos que envolvem autoridades acusadas de corrupção. E isso não deveria ser trivial. Justiça que tarda, seja para condenar ou absolver, solapa a confiança dos cidadãos nas instituições e na democracia."

( Fonte: O Estado de S. Paulo )
          

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