domingo, 1 de janeiro de 2017

Presença americana contra o ISIS

                     

       As explosões em Bagdá, reivindicadas pelo ISIS, refletem tentativa desesperada de afirmar presença no Iraque, que tudo indica não tarde a desaparecer de Mosul.

       Com o apoio de forças convencionais estadunidenses prossegue, entrementes, o esforço deliberado do Iraque e dos Estados Unidos de pôr fim ao domínio pelo Daesh [i]de uma parte da cidadela de Mosul, que é o que resta ao E.I. dos largos territórios de que se apossara em 2014, no norte e no oeste do Iraque.

       A segunda fase da ofensiva, com o apoio estadunidense, lançada nessa quinta-feira, 29 de dezembro, vem encontrando feroz resistência de parte do Exército islâmico. Depois de semanas de paralisia, as forças americanas ora participam de forma mais sensível e intensa do que na fase anterior, marcada por semanas de intensa luta, num cenário de pouca mobilidade.

        As forças americanas participam de esforço nos fronts do sudeste e do norte, no sábado. Assim, unidade de elite do Ministério do Interior progride nesse sábado através do distrito Intisar de Mosul, aonde unidade do exército treinada pelos americanos lograra avançar, depois de penetrar em novembro nesse distrito, que se situa na zona sudeste dessa cidade.
  
          Essa luta envolvia uma pesada artilharia, e helicópteros de ataque, enquanto centenas de civis abandonavam suas casas.

         Por sua vez ao norte, outra unidade do exército avança para os limites da cidade de Mosul, depois de recapturar várias aldeias vizinhas nos últimos dias.

         De acordo com informação telefônica dada pelo tenente-coronel Abbas al-Azawi "trava-se  batalha na área de Argoob, que é considerada como acesso para Hadba". No caso, o oficial se reporta a estratégica área norte, das cercanias das hostilidades. 

         Desde que a ofensiva começou em dezessete de outubro último, as forças de elite empenhadas já retomaram uma quarta parte de Mosul. Trata-se da maior operação militar terreste desde a invasão de 2003, encabeçada pelos Estados Unidos, que levaria à queda de Saddam Hussein. Consoante o Primeiro Ministro Haider al-Abadi, esse grupo do Daesh  será expulso do Iraque por volta de abril p.f.

         Conquanto os militantes do E.I. sejam em número bastante inferior ao atacantes, liderados pelas forças americanas, eles lograram cercar-se de residentes de Mosul, o que vem obstaculizando as forças iraquianas, que tentam evitar baixas entre os civis.  Contrariamente à expectativa, malgrado carência de água e alimentos, a maior parte dos civis permanece em suas casas, em vez  de fugir, como era esperado.
    
      Por vezes, tais baixas são inevitáveis. Nesse contexto, um residente de Mosul - que se logrou contactar por telefone na última sexta-feira - disse que foguete atingira uma casa no distrito oriental de Mithaq, provocando a morte de seis membros da família.

        Na mesma comunicação, tal morador disse: "Não vimos mais ninguém do Daesh, desde que as forças iraquianas retomaram a ofensiva. Temos ouvido estrondos de grandes bombas. Hoje (sexta-feira, trinta de dezembro) escutei pelo menos dez enormes explosões."
      

( Fonte: The New York Times )



[i] Exército islâmico.

Nenhum comentário: