terça-feira, 22 de outubro de 2019

Protestos e confrontos na América andina


                           

          Encetados pelas manifestações no Equador - notadamente dos indígenas - contra a alta dos combustíveis, em protestos estes que foram violentos o bastante para forçar a fuga do presidente Lenin  Moreno - que substituiu Rafael Correia - para o litoral equatoriano, agora surgem os protestos no Chile, que assinalam grande insatisfação contra a elevação tarifária relativa aos transportes coletivos.
             Nesse contexto, milhares de pessoas voltaram ontem - e pelo quarto dia seguido - às ruas de Santiago na onda de manifestações mais violentas desde o fim da ditadura, com onze mortes,sendo que mais de dois mil foram presos, e centenas ficaram feridos desde o começo dos distúrbios, ocasionados notadamente pela elevação nas tarifas do metrô.
              Episódios de vandalismo e saques levaram o presidente Sebastián Piñera a afirmar que o país estava "em guerra". A declaração presidencial acirrou ainda mais os ânimos, a ponto de levar o general do Exército Javier Iturriaga a contradizer o Presidente: "Eu sou um homem feliz e não estou em guerra com ninguém."
                O tom belicoso do presidente Sebastian Piñera provocou reclamações gerais, que podem ser resumidas na frase "não existe guerra no Chile", e sim enorme insatisfação social com as condições e oportunidades de vida no país..

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

Nenhum comentário: