Encetados pelas manifestações
no Equador - notadamente dos indígenas - contra a alta dos combustíveis, em
protestos estes que foram violentos o bastante para forçar a fuga do presidente
Lenin Moreno - que substituiu Rafael Correia - para o litoral equatoriano, agora surgem
os protestos no Chile, que assinalam grande insatisfação contra a elevação
tarifária relativa aos transportes coletivos.
Nesse contexto, milhares de
pessoas voltaram ontem - e pelo quarto dia seguido - às ruas de Santiago na
onda de manifestações mais violentas desde o fim da ditadura, com onze mortes,sendo
que mais de dois mil foram presos, e centenas ficaram feridos desde o começo
dos distúrbios, ocasionados notadamente pela elevação nas tarifas do metrô.
Episódios de vandalismo e saques
levaram o presidente Sebastián Piñera a afirmar que o país estava "em
guerra". A declaração presidencial acirrou ainda mais os ânimos, a ponto
de levar o general do Exército Javier Iturriaga a contradizer o Presidente:
"Eu sou um homem feliz e não estou em guerra com ninguém."
O tom belicoso do presidente
Sebastian Piñera provocou reclamações gerais, que podem ser resumidas na frase
"não existe guerra no Chile", e sim enorme insatisfação social com as
condições e oportunidades de vida no país..
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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