terça-feira, 1 de outubro de 2019

Boris Johnson vai para a ala radical ...


                

           Na convenção do Partido Conservador, realizada em Manchester, continuando a  dar mostras de radicalismo que em geral não se associa com um líder dos tories, Boris  Johnson  optou por unir-se à corrente radical da sigla. Formada por defensores da saída do Reino Unido da  União Europeia e sem acordo prévio  com os órgãos de Bruxelas.

          Johnson persiste, dessarte, em associar-se com alas partidárias que tendem a congregar  correntes caracterizadas pelo radicalismo e, por conseguinte, marcadas pelo distanciamento dos círculos mais influentes e respeitados do Partido.
           Marcando o seu distanciamento com os políticos de maior influência nas fileiras conservadoras,  o que se vê em Boris Johnson é que a seu redor há um deserto de figuras de relevo, pois os membros de mais nomeada timbraram em marcar o respectivo distanciamento da reunião dos tories, o que é uma reação concomitante com o expurgo realizado pelo truculento Johnson contra os seus críticos.

            Com a prometida radicalização do Brexit, a ser implementado sem acordo, as perspectivas do Reino Unido são vistas com geral preocupação  pelos  seus maiores que, em consequência, evitam qualquer maior contato com tal ferrabrás que nada de bom semelha trazer tanto para o partido, quanto mais para  a antiga Senhora dos Mares.
              A crescente falta de prestígio de Boris Johnson se reflete no afastamento das grandes figuras do Partido, que passaram a evitá-lo, depois do expurgo promovido por Johnson contra seus críticos. Dadas as muitas incógnitas que levante o seu radicalismo ao realizar um Brexit irresponsável, são demasiado inteligíveis as preocupações e sobretudo dúvidas que suscitam os seus estranhos métodos  Hoje o cerca gente que mais se assinala pela falta de peso e senso político. E dá a impressão para não poucos  de lidar com a incógnita como se fora forma de afirmação.

                   Não é desagregando um partido que  se criam condições para navegar pelos arrecifes do Brexit, na verdade a maior crise com que presenteou a velha Albion um luminar conservador, David Cameron.


( Fontes: O Estado de S. Paulo, The Independent )

Nenhum comentário: