Com o resultado das eleições primárias, realizadas em
agosto, houve uma inversão de papéis
entre o presidente Maurício Macri
(radical) e o opositor Alberto Fernández (peronista). A vitória de
Fernández nas primárias sobre o atual presidente Macri como que quebrou um
encantamento, e transformou o runner-up Alberto Fernández - escolhido pela
ex-presidente Cristina Kirchner como
seu candidato a presidente, ficando ela como vice na chapa.
Com efeito, do dia para a noite Fernández tornou-se o favorito, eis que
se distanciou nas primárias em quinze pontos sobre o candidato que, no exercício
da presidência, agora se acha a quinze pontos atrás dele.
Macri e Fernández
terçam armas no primeiro turno das eleições platinas do dia de hoje, 27 de
agosto. Todas as pesquisas apontam o opositor como vencedor já nessa rodada,
com distâncias que vão de treze a vinte pontos percentuais.
Como se assinala, na Argentina
para eleger-se presidente o candidato carece obter 45% dos votos ou índice
superior a 40%, desde que a distância para o segundo colocado seja de pelo
menos dez pontos percentuais.
Se Macri, ao passar de favorito
para also-run, lançou a estratégia de
recuperar votos nas ruas, porta-a-porta,
por sua vez Fernández começou a dialogar com o mercado, que já o
considera o novo presidente da Argentina. Se de
fato Fernández vencer, ele assume o cargo no dia dez de dezembro.
Nos dois debates, realizados
nos últimos domingos, as gentilezas cederam lugar ao acirramento de ânimos. Fernández
chamou Macri de mentiroso e irresponsável, e o presidente disse que
Fernández "estava de volta com o dedinho acusador" , em que Macri faz
referência a modo de se expressar e fazer ataques tanto de Cristina Kirchner quanto
de Fernández,
que costumam apontar o dedo na direção de quem quer que seja o alvo no momento...
( Fonte: Folha de S. Paulo )
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