O ex-presidente Lula da Silva desafia a "Lava Jato" e divulga carta em que
afirma que não aceitará fazer barganhas para deixar a prisão em Curitiba.
"Não troco minha dignidade pela
minha liberdade", escreveu o petista. "Não aceito barganhar meus
direitos e minha liberdade".
Tais assertivas foram divulgadas,
após a força-tarefa da Lava Jato ter recomendado à Justiça
Federal que conceda progressão de regime (de fechado para semiaberto) a seu
alvo maior, que está preso desde abril de 2018.
Lula cumpriu um sexto da pena no
caso do triplex de Guarujá, requisito para deixar o regime fechado.
O ex-presidente já havia dito
anteriormente que só pretendia sair da prisão após ser inocentado. Ele também
resiste à possibilidade de usar tornozeleira eletrônica.
A manifestação de Lula ocorre às
vésperas de julgamentos do STF que podem ter impacto em sua condição prisional.
Ontem, segunda-feira, dia
trinta se setembro, a defesa do petista
solicitou ao Supremo que julgue com urgência a ação que pede a suspeição do
ex-juiz Sergio Moro, ministro da Justiça do
governo de Jair Bolsonaro. Se a alta Corte entender que houve parcialidade, a
condenação no caso que levou Lula à prisão poderia ser revista. Pelo visto, a
estratégia do ex-presidente é arguir tal "suspeição", para anular a
sentença que o condenou e, dessarte, recuperar o direito de disputar eleições.
Por sua vez, os procuradores
da Lava-Jato alegam que Lula já
cumpriu um sexto da pena e tem bom comportamento, o que garantiria a
progressão. Juristas divergem sobre se o
preso tem direito a recusar a mudança de
regime.
(Fontes:
Folha de S.Paulo e O Globo)
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