O relator-geral do Sínodo da Amazônia, dom
Cláudio Hummes, voltou a falar ontem
das críticas recebidas do governo Jair
Bolsonaro, afirmando que "em parte foram superadas" depois de
encontros com membros governamentais. A atual gestão acredita que o evento em
Roma pode servir de palanque a oposicionistas.
O papa Francisco vetou a presença de
políticos com mandato e militares no encontro, esforços diplomáticos do governo
brasileiro para ter voz no encontro global de bispos. Mas entidades
ligadas à Igreja convidaram os
parlamentares brasileiros para um encontro paralelo.
O
convite partiu da Rede Eclesial
Pan-Amazônica (Repam) entidade presidida pelo Cardeal Hummes, para deputados de partidos como PT,
PSB e Rede Sustentabilidade. A ideia é que participem das atividades da tenda
Casa Comum, espaço aberto e coletivo, conexo ao Sínodo, organizado por Repam,
Cáritas, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e Movimento Católico Global pelo Clima.
Os deputados foram convidados para discursar no dia catorze de outubro,
um dia após a canonização de Irmã Dulce. Eles pretendem apresentar na tenda um
relatório sobre a situação dos direitos humanos na Amazônia Legal.
O texto, em fase final de elaboração, é coordenado pelo deputado Helder
Salomão (PT-ES), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da
Câmara dos Deputados. Ele ainda vai pedir ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ) a formação de uma comitiva para viajar em missão oficial, com despesas
custeadas pelo Legislativo.
Outra questão que preocupa
sobretudo a ala militar é o debate sobre a "universalização"
da área. Por várias vezes, Bolsonaro
falou de interesses econômicos e da tomada da área. D. Cláudio voltou a
distanciar-se dessa questão ontem, dia
três de outubro: "Para a Igreja, a soberania da Amazônia é intocável."
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário