quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Proam quer Ministro Salles investigado


             
        O Ministro  do Meio Ambiente, Ricardo Salles,  é acionado pelo Instituto de Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) e outras cinquenta ONGs protocolaram ontem, 20 de agosto de 2019, na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, um pedido de averiguação de improbidade administrativa do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

         Conforma informa o Proam e as demais entidades partícipes da ação que a solicitação é feita "em razão do aumento da devastação da Floresta Amazônica e da omissão do Ministério do Meio Ambiente diante da gravidade da situação, além da redução das multas aplicadas na região pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama)".
           O pedido em tela será repassado à Defensoria Pública da União e à Procuradoria Geral da República (PGR).

           Consoante o Proam, o desmatamento da Amazônia é maior do que os dados divulgados oficialmente.  Os números de alertas do Deter, ligado ao INPE, que faz os levantamentos respectivos, indicam que entre 2017 e 2018 foram devastados 4.752 km2 de florestas. Nesse sentido, o Instituto alega que, na verdade, o número seria de  7.536 km2.  No último ano, o Deter verificou um desmate de 6.833 km2, mas, ainda segundo o Proam, esse número seria bem superior, perto de dez mil km2.

              Para Luiz Mourão de Sá, da coordenação do Fórum de ONGs do Distrito Federal, "o grau de devastação demonstra que as unidades de conservação da Amazônia vêm sendo desguarnecidas e com notícias de agentes intimidados em sua função de fiscalização."
                  As aludidas Entidades, que pedem a investigação de Ricardo Salles, dizem ainda que "um extenso relatório produzido por notórios especialistas aponta continuadas omissões do Ministério do Meio Ambiente".
                   A nota esclarece, outrossim, que não foi dada até a conclusão da edição de O Globo resposta do Ministério do Meio Ambiente.

( Fonte: O Globo )

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