O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é acionado pelo Instituto de Brasileiro de Proteção
Ambiental (Proam) e outras cinquenta ONGs protocolaram ontem, 20 de agosto de
2019, na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, um pedido de averiguação
de improbidade administrativa do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Conforma informa o Proam e as demais
entidades partícipes da ação que a solicitação é feita "em razão do
aumento da devastação da Floresta Amazônica e da omissão do Ministério do Meio
Ambiente diante da gravidade da situação, além da redução das multas aplicadas
na região pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama)".
O pedido em tela será repassado à
Defensoria Pública da União e à Procuradoria Geral da República (PGR).
Consoante o Proam, o desmatamento
da Amazônia é maior do que os dados divulgados oficialmente. Os números de alertas do Deter, ligado ao
INPE, que faz os levantamentos respectivos, indicam que entre 2017 e 2018 foram
devastados 4.752 km2 de florestas. Nesse sentido, o Instituto alega que, na
verdade, o número seria de 7.536
km2. No último ano, o Deter verificou um
desmate de 6.833 km2, mas, ainda segundo o Proam, esse número seria bem
superior, perto de dez mil km2.
Para Luiz Mourão de Sá, da
coordenação do Fórum de ONGs do Distrito Federal, "o grau de devastação
demonstra que as unidades de conservação da Amazônia vêm sendo desguarnecidas e
com notícias de agentes intimidados em sua função de fiscalização."
As aludidas Entidades, que
pedem a investigação de Ricardo Salles, dizem ainda que "um extenso
relatório produzido por notórios especialistas aponta continuadas omissões do
Ministério do Meio Ambiente".
A nota esclarece, outrossim,
que não foi dada até a conclusão da edição de O Globo resposta do Ministério do
Meio Ambiente.
(
Fonte: O Globo )
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