sábado, 3 de agosto de 2019

O Desmatamento é um Problema ?


                        
         O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ricardo Galvão - que nesses últimos dias esteve no centro da polêmica com o Presidente Jair Bolsonaro sobre os dados que mostram alta do desmatamento na Amazônia - foi exonerado do cargo ontem, sexta-feira, dois de agosto. Segundo Galvão, a crise não vai respingar no órgão. Esperemos com lógica misturada com raiva e denodo, que vença a causa do Brasil, que é a da Amazônia, o pulmão da Terra,a que a boa gente brasileira não há de permitir que nos roubem, seja por torpeza, seja por estupidez, a verde, luzente mancha, pela qual colaboramos oxigenar , no compasso dos Eons , a nossa comum morada .
             A luta contra o desmatamento, e, em especial, aquele da Amazônia, é esforço longo e sofrido, esforço esse que não admite condescendências. A floresta amazônica é - e assim tem de continuar - não só o inferno verde, mas a hyläa que maravilhou Alexander von Humboldt e tantos outros cientistas-exploradores, e cujo valor para o planeta não cessa de crescer, e por isso carece de ser defendida, nessas lutas compridas, que não admitem postos de vigilância serem deixados vagos, pois seria fazer a suja labuta dos madeireiros e de seus compadres,  daqueles que vêem nessa grande, porten-tosa mata apenas motivação para cúpida destruição e ademais, com o escopo do lúrido lucro sem qualquer futuro, pois não é perpetrado pelo valor intrínseco  de o que ela representa, mas sim configura o intúito  inconfessável da explotação sem limites, à la Malásia, e de outras terras tristemente similares, que caíram sob o machado e a serra  da cobiça dos madeireiros e de sua associada malta,  que pode achar-se próxima de levar a cabo sua imunda tarefa, que já começou no Pará, e que já acabou na Malásia e na África do Norte, aonde os áridos areais surgem com suas pálidas dunas e rasteira, rasteiríssima mesmo, vegetação, que é o estranho mote alacremente anunciado por seus corifeus e toda laia a que só une a comum nacionalidade do  imundo lucro sem senso nem limite,  que se pouco dura, para essa torpe gente de ganho que lhes parece mirí-fico, e que na verdade em breve se lança nos calvos planos de latos areais sem história, em visão decerto dantesca,  ainda que não referida na imortal Commedia.

(Fontes:  La Commedia, de Dante Alighieri; Alexander von Humboldt; O Estado de S.Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo (Saída do diretor do INPE agrava crise ambiental)

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