domingo, 25 de agosto de 2019

Ainda a jovem deputada Tabata Amaral


                           
         Já objeto do blog pela repercussão de seu voto pró-Previdência. e a reação de seu atual partido, o PDT, que a ameaça de expulsão,  a deputada Tabata Amaral (SP) atribui grande parte das críticas recebidas ao machismo: 'Se eu não fosse uma mulher de 25 anos, ninguém estaria afirmando que A, B, C, ou D disseram como eu voto", afirmou ao Estado.  "Tem pessoas que não acreditam que eu tenha inteligência e capacidade de decidir o meu próprio voto". Sobre o risco de ser expulsa, respondeu que, se isso acontecer, vai procurar uma legenda que tenha como prioridade a pauta da Educação. "Recebi convites informais de vários partidos." Segunda parlamentar mais jovem da atual legislatura, Tabata costuma dizer que se espelha na deputada americana Alexandria Ocasio-Cortez, do partido Democrata.  Descendente de porto-riquenhos e eleita pela força das redes sociais, Alexandria é a mulher mais jovem a ocupar uma cadeira no Congresso nos EUA. Embora atuante, Tabata diz que lida com as redes sociais de forma ponderada."As redes não são um fórum democrático para ouvir as pessoas e tomar decisão. Para mim, as redes servem mais para comunicar o seu mandato, ser transparente."  

             "Ao se aproximar do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a senhora está se reposicionando  politicamente mais ao centro  do espectro político?"

             " Eu tenho reuniões quase que semanais com Maia, desde que fiz uma provocação a ele: a Câmara precisa se posicionar na pauta social. Aí tem um vácuo.  Ele falou: 'se você conseguir levantar projetos, traz para mim'. Eu, quando cheguei aqui, olhei esse Parlamento conservador e a agenda do governo e não achei que ia conseguir falar com o presidente da Câmara e ter espaço para falar de uma agenda social. Então vou aproveitar."

                " E qual é essa agenda?"

                 " Sou de centro-esquerda. Eu escolhi o PDT porque eu acreditava naquele momento que era o lugar que eu teria mais espaço para defender a minha agenda de Educação. Se o PDT me expulsar, e essa decisão é deles e não minha, porque eu não converso com o conselho de ética, vou para um partido que tenha essa pauta como prioritária. Agora, para qual partido que eu vou, não dá para eu conversar. Eu não fui expulsa."

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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