O Ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) decidiu exonerar nesta sexta o
diretor do INPE Ricardo Galvão.
O Instituto vem sendo criticado duramente
pelo Governo há duas semanas desde que seus dados apontaram alta no
desmatamento em junho. Pontes e Galvão se reuniram por duas horas na manhã de
sexta. Ao cabo, Galvão falou por três minutos aos jornalistas.
Segundo ele, o motivo da exoneração foi seu discurso em relação a Jair Bolsonaro, em resposta a críticas
que o presidente fez em 19 de julho. Bolsonaro disse que os dados do Inpe não
correspondiam à verdade, e sugeriu que Galvão poderia estar a serviço de alguma
ONG.
Já no dia 20, Galvão afirmou ao Jornal Nacional que "ele (Bolsonaro) tem um
comportamento como se estivesse em botequim. Ou seja, ele faz acusações
indevidas a pessoas do mais alto nível da ciência brasileira, não só eu, mas
muitas outras pessoas". "Isso é
uma piada de um garoto de 14 anos que
não cabe a um presidente da República."
Em entrevista à Folha no dia 21, Galvão disse que até
poderia ser demitido por se expor e defender o INPE, mas que o Instituto era
cientificamente sólido o suficiente para resistir aos ataques do governo.
O INPE também rebateu todas as
acusações feitas por Bolsonaro e pelo Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Na quinta, dia 1º, o
instituto divulgou nota em que declara que seu trabalho "sempre foi
norteado pelos princípios da excelência, transparência e honestidade
científica".
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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