segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Continua a Luta de Hong Kong


                        
      A foto que o Globo nos transmite é a de um mar de guarda-chuvas que, como se sabe, desde muito se tornou o símbolo da resistência na antiga colônia britânica, hoje província chinesa de Hong Kong.
        As chuvas nessa época são comuns na ilha, e também por isso os manifestantes vão às largas praças e às estreitas, tortuosas ruas de Hong Kong, portando guarda-chuvas, que estão há tempos associados às campanhas da população em prol da liberdade, conforme às condições da cessão da Ilha em 1997 pela Inglaterra à China.

          Os organizadores do movimento de ontem estimam que cerca de um milhão e setecentos mil participaram  desse magno evento, que compareceram apesar da ritual proibição policial.
          De acordo com o vezo ditatorial do novo regime de Xi Jinping, em que vê a violência na democracia, e por conseguinte manda prender com demasiada facilidade os manifestantes (já são, em apenas dois meses de movimento de protestos democráticos, 700 pessoas naturais da ilha trancafiadas nos cárceres e nas masmorras do Continente e da Ilha).

            Nesse contexto,é de suma relevância que se tenha presente que em 1997, ano da cessão de Hong Kong à República Popular da China, o governo de Beijing se comprometera a trazer para o interior da China aquela nova província, sob o duplo signo do respeito à jurisdição de Beijing, mas também dentro das normas democráticas que sempre pautaram a incorporação da ilha ao Império de Sua Majestade Britânica. São esses dois princípios básicos que carecem de ser obedecidos, consoante o ato formal de cessão pela Rainha e de incorporação pelo então governo de Beijing.

( Fontes: O Estado de S. Paulo e O Globo )

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